Publicações: Papa defende «mundo sem desperdício», para que não faltem pão nem trabalho

Francisco assina prefácio de livro com textos de mais de uma dezena autores, sobre «Diálogos Fraternos»

Cidade do Vaticano, 14 jul 2022 (Ecclesia) – O Papa defendeu, num texto divulgado hoje, um mundo mais fraterno e sem “desperdício”, para que todos tenham o necessário para viver com dignidade.

“Desejo que este encontro nos permita sonhar juntos com a amizade social, com a dignidade dos nossos povos e com um mundo sem desperdício, no qual não faltem a terra, o teto, o pão nem o trabalho”, escreve, no prólogo do livro ‘Diálogos Fraternos’, elaborado pelo secretário de Culto do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina.

Na obra, que é lançada esta quinta-feira, Francisco convida a “trabalhar por um mundo em que a fraternidade se expresse, não apenas em palavras cheias de significado e valor, mas também e sobretudo na forma de tecer e forjar a história”.

O Papa considera que o livro, com o contributo de mais de uma dezena de personalidades, é um apelo a “caminhar juntos”.

“Valorizar o exemplo e a experiência de quem se dedica ao serviço do próximo permite que nos disponhamos a repensar o nosso modo de vida, as nossas relações, a organização das nossas sociedades e, sobretudo, o sentido da nossa existência”, aponta.

Sobretudo, permite-nos redescobrir a importância de nos sentirmos chamados a participar nestes diálogos de amizade social, porque a pandemia também nos lembrou que precisamos uns dos outros, que ninguém se salva sozinho”.

Francisco defende a valorização das diferenças, para que todos possam caminhar juntos e aprender com elas.

“No diálogo com o outro, seja qual for a sua origem, poderemos abrir janelas, recuperar horizontes e encontrar criativamente a melhor forma de viver juntos”, precisa.

Entre os autores está o argentino Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz de 1980, para quem “apesar dos males que afligem o planeta, persiste a capacidade e a esperança de encontrar caminhos para construir um mundo mais justo e fraterno”.

O livro tem contributos do cardeal libanês Béchara Boutros Raï, do patriarca arménio Aram I, D. Oscar Ojea (presidente da Conferência Episcopal Argentina), Noam Chomsky, Leonardo Boff responsáveis islâmicos e judaicos, filósofos, políticos e académicos.

OC

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