«História de Deus Comigo II e outras memórias» foi apresentado em Lisboa
Lisboa, 20 Jul 2022 (Ecclesia) – O livro ‘História de Deus Comigo II e outras memórias’ foi apresentado esta terça-feira como a “última valsa” do padre António Vaz Pinto, sacerdote jesuíta que faleceu 1 de julho.
“Este livro é a última valsa do padre António com a vida”, referiu Rui Marques, amigo do sacerdote, falando no evento de lançamento da obra que decorreu na sede da Brotéria em Lisboa.
A apresentação contou com a presença de Zita Seabra, editora do livro; Pedro Vaz Pinto, irmão do padre António; Rui Marques, que com o padre António esteve à frente do Alto Comissariado para as Migrações; e do padre António Júlio Trigueiros, companheiro jesuíta.
Para a editora, o “livro foi um pesadelo” porque “o padre António queria editá-lo até aos seus 80 anos, na festa do seu aniversário,” e quando um autor pressiona “é sempre muito complicado”, referiu Zita Seabra.
“Foi uma espécie de corrida contra o tempo”, reforçou.
Pedro Vaz Pinto realçou, por sua vez, que a forma do irmão “contar as coisas era extremamente familiar”.
“Lá em casa havia uma espécie de competição, concorrência, entre os irmãos”, mas “o António brilhava sempre na forma de contar histórias”.
No seu testemunho sobre o autor do livro, o padre António Júlio Trigueiros sublinhou que os exercícios espirituais orientados pelo padre Vaz Pinto eram “sempre muito intensos e profundos”.
“Ele tinha uma coisa fantástica, quando estava a ouvir alguém estava 100% a ouvir aquela pessoa”, salientou.
A moderação da conversa esteve a cargo de Laurinda Alves que confidenciou aos presentes que o padre António Vaz Pinto teve uma “importância enorme na sua vida” porque a “ajudava a transformar por dentro”.
O sacerdote jesuíta António Vaz Pinto faleceu com 80 anos de idade, na sequência de doença prolongada; foi, entre outras missões, alto comissário para as Migrações e Minorias Étnicas e esteve ligado à criação dos ‘Leigos para o Desenvolvimento’.
Nascido em Lisboa, a 2 de junho de 1942, António Vaz Pinto entrou para a Companhia de Jesus em 1965; foi ordenado padre em 1974, “tendo dedicado grande parte da sua vida à formação cristã e espiritual dos universitários e ao acompanhamento de vários grupos”.
LFS/OC
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