Publicações: Henrique Cymerman elogia Papa «estadista» que procura caminhos para a paz

Jornalista assina juntamente com Jorge Reis-Sá a obra «Francisco. De Roma a Jerusalém»

Lisboa, 13 out 2014 (Ecclesia) – O jornalista português Henrique Cymerman lançou hoje em Lisboa o livro ‘Francisco. De Roma a Jerusalém’, no qual se assume como “judeu bergogliano” que acredita nos valores do atual Papa e na capacidade em encontrar caminhos de Paz.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Cymerman elogia a visão de “estadista” do Papa Francisco, que este consegue conciliar com uma grande simplicidade na sua forma de estar e de comunicar, numa “função chave para o futuro da humanidade”.

“Quem diz que é uma simplicidade de alguém que não percebe completamente o seu papel, simplesmente não percebe nada ou está preocupado porque não quer as transformações que o Papa Francisco está a fazer, fez e vai continuar a fazer. Além de ser um líder espiritual, é um estadista, um estratega”, refere o jornalista português.

“Ele conquista as pessoas e isso em Israel, na Palestina, não é fácil”, acrescenta.

A obra, editada pela Guerra e Paz, retrata a viagem pontifícia à Terra Santa, em maio deste ano, dando a conhecer fotos e textos inéditos desta visita, bem como os detalhes do processo que levou à realização, a 8 de junho, de uma invocação pela paz inédita, que reuniu no Vaticano os presidentes de Israel e da Palestina.

Hernique Cymerman lembra que o encontro entre Shimon Peres e Mahmoud Abbas foi a primeira vez em que muitos jovens judeus e muçulmanos viram pessoas das suas religiões a rezarem juntos.

O jornalista revela ainda que pensou gravar uma mensagem do Papa Francisco para ser transmitida na final do Campeonato do Mundo do Brasil, na presença de uma delegação de crianças de Israel e da Palestina, o que acabou por não ser possível.

“Ele disse-me: Henrique, isso era excelente, mas já não há tempo, vamos ser práticos e vamos concentrar-nos em projetos que possam fazer a diferença”, relata.

O livro tem a coautoria de Jorge Reis-Sá, escritor católico, que acompanhou a viagem e a entrevista que o Papa concedeu, após a oração de 8 de junho, ao jornalista português.

“Francisco está a ir às raízes, colocar as coisas como elas são, e isso acrescenta muito a um conflito onde as pessoas perderam a noção do que é importante”, refere à Agência ECCLESIA.

A experiência de diálogo entre os autores procura prolongar na obra a experiência de paz como ‘caminho’, na recusa absoluta da violência com justificações religiosas.

“É preciso continuar a lutar, não perder a esperança, saber que vai haver momentos muito difíceis – que não devem impedir que se continue essa luta – e sobretudo unir as pessoas de bem, porque há pessoas de bem em todas as religiões e nos principais países do Médio Oriente, contra as pessoas querem o mal”, conclui Cymerman.

‘Francisco. De Roma a Jerusalém’,foi apresentado pelo padre e poeta José Tolentino Mendonça, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, e por Esther Muznik, da Comunidade Israelita em Lisboa.

OC

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