Publicações: «Cem pensamentos sem sentido», crónicas do dia-a-dia de um sacerdote

Lisboa, 20 ago 2014 (Ecclesia) – “Cem pensamentos sem sentido (ou com muito sentido…)”, são crónicas sobre situações diárias com mensagens ou lições do padre António Martins, pároco na Diocese da Guarda que da internet foram agora publicadas em livro.

“Não surge com princípio, meio e fim, são crónicas que fui escrevendo na internet ao longo de pelo menos três anos. Não é um livro para se ler de uma ponta à outra, não tem sequência lógica mas é para ler pequenas crónicas que podem ajudar no dia-a-dia”, explica o padre António Martins à Agência ECCLESIA.

Segundo o autor, o título “Cem pensamentos sem sentido (ou com muito sentido…)” tem o objetivo de “provocar” porque podem ser lidos textos “que não terão grande nexo à primeira” mas depois “em profundidade podem encontrar alguma mensagem ou lição” que desafie ou interpele o leitor.

A seleção destas 100 crónicas, para o padre António Martins, “têm muito sentido” por isso desafia os leitores a encontrarem também “esse sentido”.

“A vida é um contínuo turbilhão de alegrias, tristezas, sentimentos, emoções, conquistas e fracassos”, assinala o sacerdote que nas suas crónicas apresenta esses acontecimentos “banais do dia-a-dia” da forma como surgiram e qual a sua solução, algo que pode servir de inspiração para quem passa por situações idênticas.

“É a porta, o alçapão para uma realidade mais profunda que não podemos descurar e temos de cuidar dessa dimensão espiritual que pode interpelar, motivar, ensinar”, desenvolveu o sacerdote da Diocese da Guarda.

As crónicas primeiro surgiram na internet, em duas páginas – www.aminhaparóquia.pt e www.guardateologia.pt – que o padre António Martins ainda administra.

“É uma forma de proximidade em relação às pessoas e acho que temos essa responsabilidade porque se na internet há muita coisa mal temos de colocar o que achamos que tem valor e promove os valores”, analisa o entrevistado que escreve textos simples para ser entendido por quem têm “a quarta classe” mas também por quem “coleciona cursos de ensino superior”.

“É o ir às periferias que o Papa Francisco tanto nos tem pedido e evangelizar com esta simplicidade máxima. E a missão é essa, evangelizar usando todas as ferramentas, todas as possibilidades”, acrescentou o sacerdote de 34 anos

O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, assina o posfácio e considera que as crónicas, “que se leem com prazer”, são “sequência de flashes de luz que pretendem tão só abrir brechas e alçapões na vida quotidiana para a outra dimensão”.

“Olhar melhor para viver melhor: eis então a receita absoluta, talvez, que este livro nos entrega”, revela o escritor Pedro Chagas Freitas no prefácio deste livro.

HM/CB/OC

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