Proteção de Menores: Grupo VITA apresentou proposta de reparação financeira das vítimas

Tema vai ser debatido na próxima Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa

Fátima, 20 fev 2024 (Ecclesia) – O grupo VITA, organismo para o acompanhamento de casos de abusos sexuais na Igreja Católica, apresentou aos bispos portugueses uma proposta de reparação financeira das vítimas.

“Alguns representantes do Grupo VITA estiveram presentes na reunião do Conselho Permanente da CEP, que se realizou ontem em Fátima, para entregar uma primeira proposta, pedida pela Conferência Episcopal Portuguesa, de possíveis critérios a seguir na atribuição de uma reparação moral, em termos financeiros, às vítimas de abusos sexual de crianças no seio da Igreja Católica em Portugal”, refere uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA pela CEP.

Segundo o comunicado de imprensa, durante este encontro “foram traçadas linhas de continuação do diálogo encetado, de modo a configurar uma proposta de procedimentos que envolva as Comissões Diocesanas da Proteção de menores”.

Esta proposta vai ser apresentada na próxima Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (8 a 11 de abril), em Fátima.

“A Igreja Católica em Portugal continua a manifestar a sua total disponibilidade para acolher e escutar as vítimas a quem foram infligidas tão duras vivências, através do Grupo VITA, das Comissões Diocesanas ou de encontros diretos com bispos em cada uma das Dioceses”, refere o comunicado.

A CEP “reafirma a sua firmeza na implementação de uma cultura de proteção e cuidado das crianças, jovens e adultos vulneráveis no âmbito eclesial, contribuindo também para o diálogo sobre a violência sexual de crianças na sociedade em geral”.

O Grupo VITA, criado pela CEP, vai apresentar o segundo relatório de atividades em Fátima  no próximo mês de junho.

Segundo a coordenadora do organismo, Rute Agulhas, nos primeiros oito meses de funcionamento foram recebidos 71 pedidos de ajuda e realizaram-se 45 atendimentos.

Quanto ao apoio psicológico e psiquiátrico, o grupo indica que “13 pessoas mantêm à data atual um processo de acompanhamento regular”, tendo oito pessoas sido “encaminhadas para este apoio”, encontrando-se “numa fase inicial do processo”.

O grupo VITA tem apostado na formação e capacitação de “diversas estruturas da Igreja”, assinalando o término de “um primeiro ciclo de formação inicial com os elementos das Comissões Diocesanas, que será replicado em breve”.

Em agenda estão ações formativas dirigidas a “catequistas, professores de Educação Moral e Religiosa Católica, docentes de escolas católicas” e professores de escolas públicas (através da Direção Geral da Educação).

O Grupo VITA pode ser contactado através da linha de atendimento telefónico (91 509 0000) ou do formulário para sinalizações, já disponível no site www.grupovita.pt.

OC

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