Proteção de Menores: Conferência Episcopal rejeita «grave e falsa acusação» de encobrimento de abusos sexuais por D. José Ornelas

Em causa alegados factos na década de 1990

Lisboa, 13 mar 2023 (Ecclesia) – A assessoria de comunicação da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) rejeita a “grave e falsa acusação” de encobrimento de abusos sexuais por D. José Ornelas quando era superior provincial dos dehonianos em Portugal.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA após a emissão de uma reportagem na TVI “acusando D. José Ornelas de encobrimento reiterado de abusos sexuais”, a assessoria de comunicação afirma que, “enquanto exerceu funções na Província Portuguesa dos Dehonianos”, o atual presidente da CEP “não teve conhecimento de qualquer situação de abusos sexuais de menores no Instituto Missionário do Sagrado Coração em Coimbra”.

De acordo com a reportagem televisiva, um sacerdote, Abel Maia, é acusado de abusos sexuais durante o período em que esteve no Instituto Missionário do Sagrado Coração, em Coimbra, o que aconteceu entre 1992 e 1996, indica o comunicado.

A assessoria de comunicação informa também que, na década de 1990, o atual presidente da CEP encontrava-se a preparar o seu doutoramento, primeiro em Roma, em 1992, e depois na Alemanha, entre 1993 e 1997, e não exercia funções de responsabilidade na Província Portuguesa dos Dehonianos.

 “Só exerceria funções como Superior Provincial da Congregação em Portugal entre 2000 e 2003, tendo então sido eleito Superior Geral da Congregação de 2003 a 2015”, acrescenta o comunicado.

A denúncia de abusos sexuais pelo padre Abel Maia foi investigada pelo Ministério Público, que arquivou o processo, em 2015.

“A investigação abarcou o percurso profissional do denunciado de 1992 a 1994, de 2001 a 2003 e de 2008 a 2014 e o arquivamento baseou-se, quanto aos dois primeiros períodos temporais, na extinção do procedimento criminal por prescrição, na ausência de qualquer queixa por parte de eventuais vítimas e na ausência de indícios de se terem verificado os factos denunciados, e quanto ao terceiro período, na ausência de indícios”, referiu, então, um comunicado do Ministério Público.

PR

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