Procissão dos Passos em Prado com emoção, devoção e fé

As ruas apinhadas de gente, as cores tradicionais da quadra quaresmal, centenas de figurados representando quadros relativos à paixão de Cristo, sermões, rituais e tradições, bandas de música e muita emoção, devoção e fé: tudo isto se inseriu na celebração da Procissão do Senhor dos Passos, em Prado. A localidade de Vila Verde, engalanou-se, uma vez mais para a tradicional Procissão do Senhor dos Passos que fez o habitual percurso em mais de três horas. António Lima, da comissão de festas, disse ao Diário do Minho, que são precisos mais de 15 mil euros para se realizar, tradicionalmente de dois em dois anos, as festividades da Procissão de Passos naquela localidade. Este dirigente referiu ainda que o único apoio vem dos paroquianos contando também com uma contribuição da Junta de Freguesia local. Com um atraso de cerca de meia hora, a cornetas e as bandeiras, seguidas ao Sermão do Pretório, deram início ao andamento da Procissão, que saiu da igreja paroquial em direcção à capela do Bom Sucesso. O padre Alípio da Silva Lima, pároco de Vila Nova de Anha, Viana do Castelo, proferiu o Sermão do Pretório, na saída do cortejo, o Sermão do Encontro, no largo da feira, assim como o Sermão do Calvário, de novo junto à antiga igreja paroquial. O sacerdote da diocese de Viana do Castelo fez ainda, duran te os domingos da Quaresma, reflexões sobre os passos do Cristo a caminho do calvário. No percurso destaca-se o encontro entre as imagens de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos. Para o ritual, milhares de pessoas juntam-se no largo da feira para contemplarem, emocionados, o gesto de aproximar, quase encostando, as imagens. O gesto caridoso da Verónica é também representado diante da multidão que assiste com um reverente silêncio. Outro gesto relevante acontece já no desfecho da procissão. Trata- -se da rendição do centurião que é representada no adro da igreja paroquial antiga, onde de seguida, termina o cortejo. A festa do Passos em Prado, segundo disse António Lima, perdeu um dos seus grandes dinamizadores: Zacarias Peixoto, que durante 50 anos fez parte da organização das festividades, faleceu precisamente no dia em que saiu à rua uma das procissões de Passos mais antigas da Arquidiocese de Braga e, segundo alguns, das mais antigas de Portugal.

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