É um prémio “gratificante” porque “não estou habituado a que nenhuma instituição, nomeadamente a Igreja Católica, tenha tido qualquer manifestação de apreço pelo meu trabalho ao longo de muitos anos” – disse à Agência ECCLESIA Daniel Serrão, que hoje, dia 2 de Junho, recebe o prémio «Pro Família», da Associação Famílias, na cidade de Braga. Um prémio simbólico que distingue personalidades que defendem a vida humana e a família. Ao longo de muitos anos, o premiado participou em inúmeras actividades “no sentido de, directa ou indirectamente, proteger a família”. Toda a campanha realizada na altura do referendo ao aborto, que lhe ocupou muitas horas de trabalho, foi em “defesa dos valores humanos”. Uma defesa que trouxe uma lamentação: “no final ninguém se lembrou de dizer uma palavra”. E adianta: “parece que é uma obrigação”. A militância “não é geralmente reconhecida”. Apesar do esforço realizado em prol da família, Daniel Serrão reconhece que valeu a pena mas lamenta que “só se chame a atenção para aquilo que é mau”. Em relação ao panorama familiar, o premiado salienta que o conceito tradicional de família “está em crise” mas “a família é uma estrutura absolutamente indestrutível, não há ninguém que consiga destrui-la. Agora o modo desta se realizar num tempo e numa cultura é diferente” – finaliza.