Primeiras canonizações do pontificado em Outubro

As primeiras canonizações do pontificado de Bento XVI terão lugar no próximo dia 23 de Outubro. A data já tinha sido escolhida pelo seu predecessor, João Paulo II, depois de ter recebido o parecer favorável expresso por escrito pelos cardeais de todo o mundo e pelos bispos e arcebispos residentes em Roma. O beato Alberto Hurtado Cruchaga, chileno, sacerdote da Companhia de Jesus (1901-1952), é uma das figuras mais destacadas na história da Igreja Católica no Chile. Dois dos futuros santos são ucranianos de origem polaca. Um deles, Jozef Bilczewski, nascido a 26 de Abril de 1860, em Wilamowice (Polónia), arcebispo de Lviv dos Latinos, foi um ponto de referência para católicos, ortodoxos e judeus durante a I Guerra Mundial e nos diferentes conflitos que a seguiram. Desta mesma arquidiocese era o beato Zygmunt Gorazdowski, sacerdote diocesano e pároco. Nascido a 1 de Novembro de 1845, em Sanok (Polónia), desenvolveu o seu trabalho em diferentes paróquias e promoveu numerosas obras para sacerdotes, jovens, enfermos e pobres. Foi autor de um célebre catecismo para o povo, fundou um novo jornal, várias instituições de beneficência e a Congregação das Religiosas de São José, para os pobres e os doentes. Morreu a 1 de Janeiro de 1920, em Lviv (Ucrânia). Os outros dois futuros santos são italianos. O beato Gaetano Catanoso nasceu a 14 de Fevereiro de 1879, em Chorio di San Lorenzo (Itália). Fundou as Irmãs Verónicas do Santo Rosto. Morreu em Reggio Calábria a 4 de Abril de 1963. O beato Felice Da Nicosia (Giacomo Amoroso), italiano, leigo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (1715-1787), destacou-se ao longo de mais de quarenta anos por oferecer o seu serviço de mendicante realizando um apostolado itinerante. Beatificações O serviço de informação do Vaticano adiantou ainda a data de futuras beatificações, que não serão presididas pelo Papa. A 9 de Outubro, na Basílica de São Pedro, será beatificado o Cardeal von Galen, Bispo de Münster (Alemanha), falecido em 1946. No dia 29 do mesmo mês, na Praça de São Pedro, são beatificados José Tapies Sirvant e seis companheiros mártires, assassinados em 1936, bem como a Ir. Maria dos Anjos Ginard Martí, religiosa das “Zeladoras” do Culto Eucarístico, mártir. No dia 6 de Novembro, em Vicenza (Itália) será beatificada Eurosia Fabris, mãe de família, da Ordem Terceira Franciscana, falecida em 1932. A 13 de Novembro, na Basílica de São Pedro, serão beatificados Charles de Foucauld, Maria Pia Mastena, e Maria Crocifissa Curcio. No dia 20 desse mês, em Guadalajara (México), são beatificados os mártires mexicanos José Trinidad Rangel, Andrés Solá Molist e Leonardo Pérez, mortos em 1927, para além de Dario Acosta Zurita, José Sánchez del Río, Anacleto González Flores e sete companheiros mártires. A decisão de Bento XVI de não presidir às cerimónias de beatificação retoma uma tradição interrompida em 1971, quando Paulo VI e depois João Paulo II decidiram passar a presidir a este tipo de cerimónia. De facto segundo a tradição, não era o Papa quem celebrava as beatificações, nem mesmo quando se realizavam em Roma, na Basílica de S. Pedro. O rito era celebrado por um Bispo e por um Cardeal, delegado do Santo Padre. Foi Paulo VI, precisamente em 1971, que presidiu na Basílica de S. Pedro à cerimónia de beatificação de Maximiliano Maria Kolbe – era a primeira vez que isso acontecia. Depois, por ocasião do Ano Santo de 1975 que viu incrementar as cerimonias de beatificação, Paulo VI tornou estável esta decisão e passou a presidir pessoalmente às beatificações até ao fim da sua vida. A praxe introduzida por Paulo VI foi seguida constantemente por João Paulo II, que até mesmo durante as numerosas e frequentes viagens apostólicas e pastorais nos vários continentes e países começou a efectuar naquelas Igrejas o rito da beatificação, para além das solenes concelebrações eucarísticas.

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