Primeira santa nascida na Austrália

Cerimónia para a canonização de seis novos santos juntou milhares de pessoas na Praça de São Pedro

Bento XVI presidiu este Domingo, 17 de Outubro, à celebração em que foram proclamados seis novos santos católicos, no Vaticano, com destaque para Mary Helen Mackillop (1842-1909), a primeira santa nascida na Austrália.

O Papa sublinhou o “corajoso e santo exemplo de zelo, perseverança e oração” desta religiosa.

“Dedicou-se como jovem à educação dos pobres em dificuldade da Austrália rural, inspirando outras mulheres a juntar-se-lhe na primeira comunidade de Irmãs do país. Preocupava-se com as necessidades de cada jovem que lhe estava confiado, sem considerar a condição ou riqueza, assegurando-lhes formação ao mesmo tempo intelectual e espiritual”, indicou.

Além da fundadora da Congregação das Irmãs de São José do Sagrado Coração, foram também canonizados a espanhola Cándida María de Jesús Cipitria y Barriola, fundadora das Filhas de Jesus, nascida a 31 de Maio de 1845 e falecida em Agosto de 1912; o polaco Stanislaw Soltys Kazimierczyk (1433-1489), sacerdote dos Cónegos Regulares Lateranenses; o canadiano Alfred Bessette (1845-1937), da Congregação da Santa Cruz, e as religiosas italianas Giulia Salzano (1846-1929), fundadora da Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, e Camilla Battista da Varano (1458-1524), da Ordem de Santa Clara.

A Congregação de São José do Sagrado Coração (850 Irmãs, actualmente) está presente, além da Austrália, em 5 países: Timor-Leste, Irlanda, Escócia, Peru e Brasil.

Em Timor-Leste começaram a sua presença no ano de 1993 trabalhando sobretudo no campo de educação, produzindo materiais de alfabetização na língua Tétum.

Dezenas de milhares de fiéis e peregrinos, provenientes, sobretudo, dos países de origem dos novos Santos, estiveram na Praça de São Pedro para participar na missa presidida por Bento XVI.

“Renova-se hoje, na Praça São Pedro, a festa da santidade”, disse o Papa, na sua homilia, dando, em seguida, as boas-vindas aos presentes.

“A fé é essencial como base da atitude de verdadeira oração. Foi o que fizeram os seis novos santos que hoje são propostos à veneração da Igreja universal”, precisou.

Evocando depois, brevemente, cada um dos novos santos, Bento XVI referiu-se antes de mais a São Estanislau Kazimierczyk, religioso dos Cónegos Regulares, em Cracóvia, padre, educador, que se destacou na “prática do amor ao próximo”.

Relativamente ao Irmão André Bessete, o Papa pôs em destaque a modéstia e simplicidade da sua vida, com as quais “ele permitiu a muitos ver Deus”.

Sobre a Madre Cândida Maria Barriola, fundadora da congregação das Filhas de Jesus, Bento XVI sublinhou a sua total dedicação a: “Viveu para Deus e para o que Ele mais quer: chegar a todos, a todos levar a esperança que não vacila, e especialmente aos que mais disso necessitam”.

Seguiu-se a referência a Giulia Salzano, fundadora da Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração de Jesus, “apostola da educação cristã”.

Santa Baptista Varano, monja clarissa do século XV, é para Bento XVI uma “protagonista do vasto movimento de reforma da espiritualidade feminina franciscana que pretendia recuperar plenamente o carisma de santa Clara de Assis”.

No final da celebração, Bento XVI presidiu à recitação do Angelus, altura em que saudou os participantes na 46ª Semana Social dos Católicos Italianos, afirmando que o evento “traçou uma agenda de esperança”.

“Faço votos de que a busca do bem comum constitua sempre a referência segura para o compromisso dos católicos na ação social e política”, concluiu.

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