Presidente da CEP defende celibato sacerdotal

D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, defendeu hoje em Fátima que a situação do celibato é “vantajosa” para os sacerdotes, como disciplina da Igreja, aludindo à sua experiência pessoal. Comentando a reunião do Papa com os chefes de Dicastérios da Cúria Romana, ocorrido esta manhã no Vaticano e convocado para debater esta temática, o presidente da CEP disse que o celibato “continua a ter a validade que sempre teve, teologicamente, e é, sem dúvida nenhuma, uma mais-valia para o exercício do ministério, do ponto de vista da disponibilidade pastoral”. Sobre a iniciativa de Bento XVI, considerou a discussão como “algo positivo” e admitiu que o Papa possa tomar “no momento oportuno”, uma decisão sobre estas matérias, que são questões disciplinares e sujeitas a alteração. Apesar disso, o Arcebispo de Braga sublinhou que não considera o momento actual como o mais indicado para quaisquer mudanças. “Quem entra no seminário, faz uma escolha”, apontou. D. António Montes, Bispo de Bragança-Miranda e vice-presidente da CEP, falou da questão da “readmissão” dos padres casados, frisando que a situação já vai acontecendo. Quanto ao celibato, sublinhou a sua dimensão de “opção prévia” para todos aqueles que querem seguir o caminho do sacerdócio, afastando a ideia de “imposição”. Ensino da Teologia O comunicado final da Assembleia Plenária da CEP revelou que os Bispos discutiram a situação do ensino da Teologia em Portugal, procurando definir uma “estratégia coerente”. Para esta discussão foi convidado o Pe. Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da UCP. Num momento em que esta Faculdade e os Institutos de Teologia do nosso país se adaptam ao Processo de Bolonha – com as indicações da Congregação da Educação Católica -, D. Carlos Azevedo, secretário da CEP, indicou que a discussão sobre esta matéria irá prosseguir na Comissão Episcopal para as Vocações e Ministérios.

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