O presidente da Alemanha, Johannes Rau, agradeceu a João Paulo II a sua contribuição para a reunificação desse país europeu. Rau, que concluirá o seu mandato no próximo mês de Junho, visitou o Papa no passado sabado. Destacando o conhecimento que João Paulo II tem da Alemanha, Rau reconheceu que “sem o seu esforço, Santidade, a Alemanha teria tido diante si um longo caminho para recuperar a sua unidade”. João Paulo II, no seu discurso, pediu aos cristãos alemães um maior compromisso para que a reconheça publicamente que “a herança cristã pode fazer fecunda a sociedade da Alemanha e do restante Continente”. Esta temática esteve presente num encontro consecutivo que a delegação alemã manteve com o Cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado e o arcebispo Giovanni Lajolo, secretário para as Relações com os Estados. De acordo com um comunicado oficial da Santa Sé, “no decorrer dos diálogos deu-se um intercâmbio sobre as relações entre a Igreja e o Estado na Alemanha e sobre a importância dos valores religiosos na vida dos povos, com especial referência para o desejo dos católicos europeus em ver reconhecida a presença histórica do cristianismo na vida do Continente”. No encontro, o Cardeal Sodano entregou ao presidente Rau o grande colar da Ordem de Pio IX, reconhecimento da Santa Sé com que agradece “a sua contribuição para as boas relações entre a Igreja e o Estado na Alemanha”. João Paulo II falou mesmo da estrutura federal da Alemanha como “um modelo para a Europa unida”. O presidente Rau entregou ao Papa, como presente, uma reprodução em miniatura da famosa Porta de Brandeburgo, em Berlim, símbolo, durante anos, de uma capital dividida.
