O Vigário Apostólico de Anatólia, D. Luigi Padovese, declarou que “a presença de padres católicos, é vista como contrária ao nacionalismo turco” e acrescentou que a visita do Papa irá fortalecer a identidade cristã dos fiéis turcos. Em entrevista recente ao secretariado italiano da Ajuda à Igreja que Sofre, D. Padovese falou sobre a importância da viagem de Bento XVI à Turquia: “O Papa não virá apenas encorajar-nos, mas também fortalecer-nos na nossa identidade cristã, dado que somos uma pequena minoria que, por vezes, é forçada a estar «menos visível» para evitar sérios problemas sociais e religiosos”. O prelado lamentou também a “fuga de cérebros” entre os católicos turcos: “Alguns católicos têm meios para colocar os seus filhos a estudar no estrangeiro e, em muitos casos, estes já não regressam à Turquia… A maioria dos cristãos aqui são artífices e muitos estão desempregados”. Acerca de questão relativa às igrejas confiscadas pelo Estado, D. Padovese, explicou que “o desejo de reduzir a presença cristã fez com que nas vilas e nas aldeias existam hoje igrejas sem comunidade e, nestes casos, as autoridades locais confiscam os edifícios religiosos”. O prelado destacou a importância dos meios de comunicação social para a evangelização e, neste sentido, foi criada uma página de Internet para o Vicariado. Mas para manter e desenvolver este meio é necessária ajuda do exterior, como da Ajuda à Igreja que Sofre. D. Padovese tem também o sonho de criar uma estação de rádio, que seria uma forma eficaz de chegar às comunidades cristãs mais remotas. Por fim, D. Padovese falou sobre a questão das conversões ao cristianismo, que tem gerado muita polémica na Turquia: “A Igreja Católica fez uma opção de não fazer proselitismo, mas está aberta a todos os que estão interessados no cristianismo. As nossas igrejas estão sempre abertas durante a tarde para quem quer falar com os padres. O Islão é religião e vida em sociedade, religião e cultura, portanto, escolher outro credo significa isolar-se do seu próprio contexto o que, por vezes, acarreta consequências muito sérias”. Departamento de Informação – Fundação Ajuda à Igreja que Sofre