Póvoa de Varzim acolhe peregrinos por mar

Hoje, a Póvoa de Varzim acolhe um grupo muito especial de peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. O grupo chega não por terra, mas por mar: são os participantes do raid “Rota Marítima do Caminho de Santiago”. A chegada à Marina da Póvoa de Varzim, quarto ponto de paragem do percurso, está prevista para as 15h00. Este é um evento organizado pela Associação Intercéltica, em colaboração com a Região de Turismo do Alto Minho e a Associação Galega de Actividades Naúticas e conta com o apoio da Câmara da Póvoa de Varzim, através do programa “Animapóvoa” (financiado pelo Instituto de Turismo de Portugal) e do Clube Naval Povoense. O raid “Rota Marítima do Caminho de Santiago” consiste num percurso que liga Montemor-o-Velho a Santiago de Compostela, passando por várias cidades costeiras, respeitando um itinerário de peregrinação por mar descrito por Edrici, geógrafo árabe do século XII. No total, são 334 os quilómetros a percorrer a bordo das embarcações “Nauja” e “Zorba”. Para recuperar da viagem, a tripulação janta, às 20h00, no Posto Naútico e parte no dia seguinte, às 10h00, em direcção a Viana do Castelo. No entanto, esta aventura marítima começou no dia 18, com a saída de Montemor-o- Velho, em direcção à Figueira da Foz. Um percurso de 20 quilómetros, ainda feito em terra. Da Figueira da Foz os tripulantes seguiram, por mar, para Aveiro, fazendo depois escala, ontem, em Matosinhos, de onde partem para a Póvoa de Varzim. De Viana do Castelo, a etapa seguinte, partem, segunda-feira, para Baiona e daí seguem para Vilagarcia de Arousa, no dia 24. Aqui termina a aventura por mar, já que os 50 quilómetros que separam esta localidade espanhola de Santiago de Compostela são feitos por terra, no dia 25, o Dia do Apóstolo. Esta Rota Marítima tem como objectivo, para além do seu sentido de peregrinação, dinamizar e promover o sector náutico e criar valores associados ao mar. Para a Região de Turismo do Alto Minho (RTAM), uma das 28 entidades que cooperam na organização desta iniciativa, esta é também uma forma de dinamizar a rota marítima como via de peregrinação e de intercâmbio cultural, numa altura em que a RTAM traçou como objectivo base dinamizar e valorizar as estruturas de apoio existentes ao longo do Caminho Português de Santiago.

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