Positivamente Não

No debate em torno do aborto ninguém se quer demitir. Grupos, movimentos, associações se envolvem manifestando a sua posição. O Secretariado Diocesano da Pastoral da Família é a entidade encarregue de dinamizar o Positivamente Não, uma iniciativa que mais não pretende do que dinamizar os movimentos diocesanos laicais do Porto para o esclarecimento de todos. Por altura do Natal, a primeira iniciativa que surgiu foi uma oração por altura do Natal, tendo por referência a criança, a família e a mulher mãe, com a Sagrada Família como pano de fundo. “Mas queríamos chegar a todos, ir até às 34 vigararias e proporcionar uma reflexão”, sublinha Manuel Marques da Pastoral Familiar do Porto. Apoiada por médicos, enfermeiros e juristas têm já uma apertada agenda, pois até ao final do mês vão percorrer as várias vigararias num total de 33 encontros. Significa isto que as vigararias responderam com grande receptividade a esta abordagem. Posteriormente pediram à Comissão Diocesana de Ética e Vida um texto ”racional, não emotivo sobre o que estava em causa no aborto. A partir daqui ficámos com ideias base e síntese para elaborar um folheto “10 questões, 10 semanas, 10 perguntas” que disponibilizamos para que todos levar as pessoas a reflectir sobre este debate”. Mas sublinha que o que é importante “é envolver os leigos”. Por isso lançaram o desafio de os movimentos laicais se envolverem e a assumirem concretamente esta missão. Assim surgiu o Positivamente Não, de esclarecimento e informação que teve a sua apresentação oficial ontem, dia 8, ao final da tarde, contando com a presença daqueles que até ao dia 11 de Fevereiro se vão comprometer na campanha pelo Não. Médicos Católicos, o Centro de Preparação para o Matrimónio, os Cursilhos de Cristandade, as equipas de Nossa Senhora, o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil são apenas alguns dos movimentos e associações que se juntaram ao Positivamente Não, sem esquecer a dinâmica paroquial que se quer imprimir. Para isto, a Pastoral Familiar, enquanto comissão organizadora, enviou para todos os párocos da diocese e vigários um folheto informativo assim como um texto, com o objectivo de implementar uma dinamização em cada comunidade e para que “todos os católicos da diocese possa estar conscientes do que está em causa na questão do aborto”. “Muitos fazem a ligação do aborto exclusivamente à Igreja, apelidando-a de conservadora. É um problema que diz respeito a todos os cidadãos, independentemente de se ser leigo ou religioso”, fundamenta Manuel Marques. Contrariando a visão que os outros têm dos católicos, “queremos defender um direito que é de todos, e conservar a posição que Portugal teve quando aboliu a pena de morte”. Dia 4 de Fevereiro está agendado um debate na Casa de Vilar, no Porto, para debater o texto da Comissão Diocesana Ética e Vida, isto para além das actividades previstas nas comunidades paroquiais e eventuais dinamizações dos movimentos laicais.

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