Portugal: Apresentação de cumprimentos do corpo diplomático evocou causas do Papa Francisco (c/vídeo)

Núncio apostólico elogiou políticas nacionais de asilo e imigração

 

Queluz, 19 jan 2022 (Ecclesia) – O núncio apostólico em Portugal elogiou esta terça-feira a política de asilo e imigração do país, falando na cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo, pelo corpo diplomático, ao chefe de Estado.

“Quero evidenciar neste momento as decisões já conhecidas e aplaudidas a nível internacional que as autoridades portuguesas tomaram para garantir aos migrantes e aos requerentes de asilo os direitos de residência temporária”, disse D. Ivo Scapolo, decano do corpo diplomático, falando no Palácio Nacional de Queluz.

O embaixador da Santa Sé, citado pela Lusa, agradeceu às autoridades portuguesas “pela frequente e detalhada informação” transmitida acerca das medidas de combate à Covid-19, ao longo dos últimos dois anos, e por terem assegurado aos diplomatas estrangeiros “a possibilidade de ser vacinados e de receber depois o certificado de vacinação”.

D. Ivo Scapolo manifestou ainda apreço pelas “iniciativas destinadas a assegurar significativo número de vacinas também a países que não fazem parte da União Europeia, especialmente os países de língua portuguesa”.

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, começou o seu discurso com um agradecimento pelo “o exemplo inspirador de sua santidade o Papa Francisco, no seu combate pela dignidade das pessoas, a sua vida, liberdade e igualdade”.

O chefe de Estado destacou o empenho do Papa “contra os escândalos da miséria, da fome, da guerra, da opressão, do racismo e mais xenofobias, das discriminações, da intolerância no pensamento ou na crença religiosa ou outra, da pedofilia, da violência doméstica, das novas formas de escravatura, da corrupção, do abuso dos mais pobres, doentes, vulneráveis, refugiados, migrantes e excluídos”.

“Saúdo o movimento, já entre nós iniciado, para as Jornadas Mundiais de Juventude em 2023, que todos desejamos tragam até nós, no Papa Francisco, uma mensagem de esperança, numa humanidade cansada de anos longos e largamente estéreis de pandemia”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa descreveu Portugal como um país de “construtores de pontes”, com “o poder da experiência, o poder da diplomacia e o poder do ecumenismo das pessoas”.

OC

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Agência ECCLESIA

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