D. Joaquim Mendes, coordenador-geral do Comité Organizador Local, assinala chamamento a ir «ao encontro de quem precisa»
- Lisboa, 22 jun 2019 (Ecclesia) – D. Joaquim Mendes, coordenador-geral do Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2022, afirmou que o Papa propôs hoje “três desafios grandes” para colocar os jovens “em ação evangelizadora”.
“No Panamá (2019) refletimos sobre o tema da disponibilidade de Nossa Senhora e agora a concretização no primeiro gesto que é ir ao encontro da prima Isabel que Maria imaginou que precisa de alguém que estivesse perto. Não só levou a sua presença mas levou Jesus”, disse à Agência ECCLESIA.
O bispo auxiliar de Lisboa, responsável pela área pastoral da JMJ que vai decorrer na capital portuguesa no verão de 2022, explica que o tema “é um grande desafio para os jovens evangelizadores”, uma vez que como Maria são chamados a sair e a irem “ao encontro de quem precisa, a serem portadores também de Jesus” e levá-Lo aos outros “através do seu testemunho”.
O Papa Francisco anunciou que a edição portuguesa da JMJ (37.ª) tem como tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39), uma passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista.
Até 2022, a juventude faz um caminho e celebra anualmente uma Jornada Mundial da Juventude de âmbito diocesano no Domingo de Ramos: Em 2020, a 5 de abril, com o ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’ (Lc 7, 14), uma afirmação de Jesus Cristo que surge no contexto de um relato de ressurreição do filho único de uma mulher viúva – uma situação de particular fragilidade no contexto do mundo judaico de então.
A partir da Exortação papal ‘Cristo Vive’ (20), D. Joaquim Mendes explicou que “reforça o chamamento” aos jovens e “a prontidão” para responderem “ao chamamento do Senhor e das realidades onde se encontram e vivem”, sem esquecer a dimensão vocacional.
Para 28 de março de 2021, Francisco propôs como tema a passagem “Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!” (At 26, 16), relativa à conversão de São Paulo.
“Três grandes desafios para pôr os jovens em ação evangelizadora, em missão. Três desafios para envolver, motivar, em missão. Não são parados, a escutar conferências, é pôr os jovens em missão”, acrescentou D. Joaquim Mendes.
O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (Conferência Episcopal Portuguesa) disse que já foi elaborado um projeto de catequese com adolescentes com o tema ‘Aprender a dizer sim, rumo à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2022’ e que tem um imaginário inspirado nas “figuras dos mártires de Lisboa – Máxima, Veríssimo e Júlia – três adolescentes da atualidade que faz viagem pelos diversos lugares da JMJ”.
A proposta formativa para “dar a conhecer a história das JMJ” e motivar os adolescentes a participarem na edição portuguesa que vai “acompanhar os adolescentes no seu percurso de vida, favorecer a descoberta da própria vocação” e “envolver e responsabilizar” os adolescentes em projetos de missão.
Uma proposta para todos que queriam “abraçá-la” para “motivar e inserir os adolescentes neste dinamismo” da JMJ: “É importante conhecer este caminho, este histórico, e os seus frutos, a partir de setembro”.
“Como referiu hoje, o Papa quer que exista uma sintonia entre a Jornada Mundial da Juventude e o caminho pós-sinodal, que é ‘reconhecer, interpretar e escolher’ que foi a metodologia do sínodo”, desenvolveu o bispo auxiliar de Lisboa.
D. Joaquim Mendes explica que os bispos de cada diocese de Portugal foram convidados a nomear e escolher um Comité Organizador Diocesano que vai atuar em “estreita ligação” com as estruturas diocesanas da pastoral juvenil/universitária que vai ter um membro “representante e interlocutor” entre a diocese e o COL para todos os assuntos relativos “ao desenvolvimento, preparação e participação na JMJ”, como se destaca, por exemplo a coordenação das pré-jornadas e a peregrinação dos símbolos da JMJ e outras atividades.
“Queremos que seja uma jornada para todos os jovens e prepare os jovens para acolher os outros e seja um grande sinal para o mundo de esperança na juventude que vai participar nas jornadas”, destacou.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade promovidas pela Igreja Católica e são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
CB