«O desafio da fidelidade na Vida Consagrada» é o tema iniciativa que se realiza na partilha de diversas reflexões
Lisboa, 22 fev 2021 (Ecclesia) – A Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) lançou hoje a Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada de 2021, este ano num formato inédito, por causa da pandemia, com os temas a ser publicados online.
“O cansaço na fidelidade e a falta das forças da perseverança são experiências que pertencem à história da vida consagrada, já desde os seus alvores. A fidelidade, não obstante o eclipse desta virtude no nosso tempo, está inscrita na identidade profunda da vocação dos consagrados”, explica o secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé), no artigo partilhado hoje pela CIRP.
D. José Rodríguez Carballo acrescenta na sua reflexão que está “em jogo” o sentido da escolha de vida perante Deus e a Igreja.
“A coerência da fidelidade permite a apropriação e a reapropriação da verdade do próprio ser, isto é, de permanecer no amor de Deus. Também hoje é possível a fidelidade perseverante”, assinala.
‘O desafio da fidelidade na Vida Consagrada’ é o tema desta 36ª semana de estudos, a partir da instrução ‘O dom da Fidelidade. A alegria da Perseverança’, da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, a comissão organizadora da Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada da CIRP informa que as reflexões vão ser partilhadas online e por email ao longo da Quaresma 2021, entre hoje e 29 de março, às 09h00 de cada segunda, quarta e sexta-feira.
O padre Abílio Pina Ribeiro, da Congregação dos Missionários Claretianos, no texto de abertura desta semana, afirma que há razões para acreditar na vida consagrada e ter “autoestima vocacional”, referindo que “é hora de investir” em três processos que “alimentam a fidelidade”, o discernimento, a formação e o acompanhamento espiritual.
O sacerdote, que pertence à comissão organizadora da semana, dá “graças pelo empenhamento” de tantas pessoas dedicadas “martirialmente a servir os idosos e os doentes” no contexto da pandemia Covid-19.
O terceiro artigo, que foi publicado esta segunda-feira, é uma seleção de alguns textos das orientações da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, pelo padre Manuel Barbosa, sacerdote dehoniano.
Na XXXVI Semana de Estudos sobre a vida consagrada da CIRP vão ser apresentadas reflexõe de Joana Ribeiro, irmã Concepcionista ao Serviço dos Pobres; do padre Filipe Rodrigues, Dominicano; da irmã Maria da Assunção Faustino, Dominicana de Santa Catarina de Sena; do presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Pedro Vaz Patto, com “chaves de leitura da encíclica «Fratelli Tutti»”; e de D. António Couto, bispo de Lamego e delegado da Conferência Episcopal Portuguesa para a Vida Consagrada.
Na Igreja Católica, a vida consagrada é constituída por homens e mulheres que se comprometeram, pública e oficialmente, a viver (indivualmente ou em comunidade) os votos de pobreza, castidade e obediência para toda a vida; hoje inclui leigos, sacerdotes, religiosas e religiosos.
CB/OC
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