Organização enviou pedido de audiência à Assembleia da República
Porto, 05 fev 2015 (Ecclesia) – A EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza manifestou “preocupação” com os dados sobre o aumento da pobreza, nomeadamente de crianças e jovens, e fez um pedido de audiência à presidência da Assembleia da República para apresentar “soluções”.
“Julgamos muito oportuno aproveitar esta oportunidade para solicitar a V. Exa. [presidente da Assembleia da Republica] uma audiência na qual possamos apresentar aquelas que são as nossas preocupações e sugestões nesta matéria de importância vital para todos os portugueses, em especial para aqueles que são vítimas de injustiça, colocando em causa a qualidade da nossa democracia”, escreveu o presidente da EAPN, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
O padre Agostinho Moreira explica que sentem o “dever e a responsabilidade” de interpelarem a Assembleia da República sabre a combate a pobreza em Portugal e sobre o que foi feito para “implementar a Resolução” aprovada em 2008 que declarou que “a pobreza expressa conduz à violação dos direitos humanos”.
Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística revelaram que a percentagem de pessoas em risco de pobreza aumentou de 18,7% em 2012 para 19,5% em 2013, afetando quase dois milhões de portugueses.
Neste contexto, a EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza alerta que “mesmo nos períodos de redução da pobreza” há um setor onde os resultados são “praticamente nulos” que afeta as crianças e os jovens.
“Este é, também, um fator de grande preocupação hoje, as crianças e as jovens são dos setores em major fragilidade social. Arriscamo-nos a produzir uma nova geração de pobres e excluídos”, desenvolvem.
A EAPN – Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal é uma instituição de solidariedade social de âmbito nacional, constituída par mais de 1000 instituições e pessoas em nome individual, e integra o European Anti-Poverty Network, uma organização europeia composta por 31 sedes nacionais e 18 organizações europeias.
Em 2010, a organização foi distinguida pelo seu trabalho pela Assembleia da República com o Premio dos Direitos Humanos.
CB/OC