Portugal: Rede Europeia Anti-Pobreza distinguida pela Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados

Monsenhor Agostinho Jardim Moreira destacou trabalho «na defesa dos direitos humanos e na luta contra a pobreza e exclusão social»

Porto, 23 dez 2022 (Ecclesia) – A Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) Portugal foi distinguida pela Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, com o Prémio Bastonário Ângelo d’Almeida Ribeiro, no dia 16 de dezembro.

“Mais uma força motora que contribui para continuarmos a defender esses mesmos direitos humanos e as pessoas em situação de pobreza e exclusão social”, disse o presidente da EAPN Portugal, sobre o significado desta distinção.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, pela Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal, o monsenhor Agostinho Jardim Moreira realçou é o reconhecimento de todo o trabalho da instituição “na defesa dos direitos humanos e na luta contra a pobreza e exclusão social”.

O sacerdote da Diocese do Porto salientou que é necessário um maior compromisso conjunto da sociedade com os problemas da pobreza, e exemplificou que em jogos de futebol, como no Mundial, a comunidade une-se por um só objetivo e “quando uma seleção que ganha, toda a gente grita”.

“Perante a pobreza não há um grito de alerta”, observou.

O Prémio Bastonário Ângelo d’Almeida Ribeiro da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados destina-se a distinguir anualmente personalidades ou entidades nacionais que “mais se tenham destacado na defesa dos direitos dos cidadãos”, e já atribuído ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à AMI e ao Banco Alimentar Contra a Fome.

EAPN – European Anti Poverty Network (Rede Europeia Anti Pobreza) foi fundada em 1990, em Bruxelas, está em desde 17 de dezembro do ano seguinte, com sede no Porto.

“Somos uma organização que trabalha para e com pessoas. Ao longo destes anos, assumimos um forte compromisso com as pessoas em situação de pobreza: pugnar pelos seus direitos e dar-lhes voz”, disse o padre Agostinho Jardim Moreira.

“Não fazemos nada por eles, fazemos sim com eles: com os seus contributos, com as suas ideias, reiterando as suas angústias e preocupações. A nossa voz é a voz deles e só assim faz sentido continuar este caminho de 31 anos”, acrescentou.

A entrega do prémio realizou-se no âmbito da Sessão Comemorativa do 74.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Salão Nobre da Ordem dos Advogados.

CB

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