Igreja/Sociedade: «Família é o primeiro lugar onde aprendemos o que é o verdadeiro amor» – Tiago Líbano Monteiro (c/vídeo)

Igreja Católica celebra festa da Sagrada Família de Nazaré, e abertura do Ano Santo nas dioceses, este domingo

Foto Agência ECCLESIA/PR

Lisboa, 27 dez 2024 (Ecclesia) – O Sector da Pastoral da Família no Patriarcado de Lisboa destacou a importância do patriarca colocar “a família como primeiro sinal de esperança”, na carta pastoral pelo Ano Santo, e o convite específico para a abertura do jubileu.

“Família é o primeiro lugar onde nós aprendemos o que é o verdadeiro amor, o amor gratuito de uns pelos outros, onde se aprende o que é o perdão, onde isso se vive de uma maneira primeiríssima neste sentido. É aí que tudo começa, é aí que nós nascemos, crescemos, e, nesse sentido, ficamos muito contentes e concordamos completamente”, disse à Agência ECCLESIA o diretor da Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa, Tiago Líbano Monteiro.

O assistente diocesano da Pastoral Familiar do patriarcado sublinha que ficaram “muito contentes” com essa referência “à família como o primeiríssimo lugar da esperança”, pelo patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, e destaca que “a família é o primeiríssimo lugar de tudo”.

“A nossa vida começa, e Deus deseja, no contexto de uma família e tudo o que aprendemos em relação à fé, à esperança e à caridade, à vida cristã, mas também até à vida social, e o Senhor patriarca também enfatiza isso. Como é importante voltarmos a reforçar que a família é a célula básica da sociedade, não é uma coisa simplesmente da Igreja, mas é uma coisa social, é a primeira sociedade que existe”, desenvolveu o padre Lourenço Lino.

O patriarca de Lisboa, na primeira carta pastoral à diocese, por ocasião do Ano Santo 2025, convidou todos a redescobrir esperança numa sociedade marcada pela pobreza e a solidão, e sublinha a importância de valorizar a família.

“Acho que marca essa vontade do patriarca pôr a família como primeiro sinal de esperança que, na abertura do ano jubilar, chama, pelo menos, uma família de cada paróquia para estar presente. Estamos todos convidados, mas ele quis ter uma família de cada paróquia nessa abertura”, realça a diretora da Pastoral Familiar diocesana de Lisboa.

Para Regiane Líbano Monteiro este convite “é significativo, é um sinal forte”, as famílias estarem presentes e unirem-se “ao patriarca nesse início do ano jubilar” na diocese.

O Papa Francisco determinou que no dia 29 de dezembro, este domingo, em todas as catedrais, os bispos diocesanos celebrem a Missa como abertura solene do Ano Santo, o 27.º jubileu ordinário da história, na Bula ‘Spes non confundit’  (A esperança não desilude).

Em Lisboa, a celebração de início do Ano Santo 2025 começa na igreja de São Domingos, às 15h00, de onde saem em procissão para a Sé Patriarcal.

A Igreja Católica começou a celebrar o Ano Santo 2025, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, com a abertura da Porta Santa no Vaticano, na noite da véspera de Natal.

Tiago Líbano Monteiro destaca que a esperança cristã “é muito mais” do que a esperança vista do ponto de vista humano, exemplificando com o “desejo, quando foi do Covid, ‘vamos ficar bem’, “porque dá um pulo muito mais para a frente”.

“A esperança cristã não é um otimismo, às vezes um tanto ingénuo, que vai tudo correr bem porque não há dificuldades. A esperança cristã está marcada pelo evento da cruz também, que nós próprios seguindo o Senhor Jesus carregamos, mas com a certeza da ressurreição, porque, no fundo é a certeza de que o amor de Deus triunfa”, desenvolveu o padre Lourenço Lino.

Na carta pastoral intitulada ‘Dai razões da vossa esperança’, o patriarca de Lisboa refere-se também à iniciação cristã, para o diretor da Pastoral Familiar “passa muito pela oração em família, pelo exemplo dos pais, a maneira como vivem esse amor entre os dois”, o perdoar-se e estarem em comunhão um com o outro, e, depois, “fazer uma vida cristã com os filhos, a oração em casa, ir à Missa juntos com os filhos”, um contexto familiar que “não é imposto, é uma coisa que é vivida”.

“O desafio da pastoral, desafio pessoal também, é muito colocar o Evangelho realmente na nossa vida, e conseguimos ser esse testemunho daquilo que Cristo quer para nós. Eu acho que esse é um desafio”, acrescentou Regiane Líbano Monteiro.

Os três responsáveis destacam a “a família tem de ser protagonista” dessa transmissão da fé aos filhos, depois a catequese, a vida paroquial, os grupos e os movimentos “se enquadram para fortalecerem tudo isso e para darem um maior vigor”.

Neste sentido, do programa do Ano Santo 2025 no Patriarcado de Lisboa, destaca-se o Dia Jubilar Diocesano, que vai reunir toda a pastoral, os vários setores, no 31 de maio do próximo ano.

A Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa adiantou, no Programa ECCLESIA transmitido hoje na RTP2, onde comentaram também as leituras de domingo, que quer apostar novamente, neste novo ano 2024/2025, em iniciativas como retiros e encontros, para casais com mais de 10 anos de matrimónio, e também com menos de 10 anos de casamento, para noivos, e para “pessoas casadas de segunda união, e também pessoas divorciadas”.

PR/CB/OC

Jubileu 2025: Patriarca de Lisboa convida a redescobrir esperança numa sociedade marcada pela pobreza e solidão

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