Portugal recebeu capítulo geral dos Carmelitas descalços

Foi com os olhos na História e no tempo actual, procurando um renovamento que a Ordem dos Carmelitas Descalços encerrou o Capítulo Geral, esta Sexta-feira. Mais de uma centena de religiosos de 80 nações juntaram-se em Portugal na «Domus Carmeli», em Fátima, para avaliar os últimos seis anos do governo e da Ordem e eleger um novo do Superior Geral e dos Definidores Gerais. A eleição ditou que fosse o Pe. Saveria Cannistrà o responsável pelos próximos seis anos da Ordem dos Carmelitas Descalços. Em declarações ao programa Ecclesia, assumiu a honra e responsabilidade perante a complexidade que, assume, ser o maior desafio nos dias de hoje. “Complexidade deste mundo e a grande diversidade que encontramos no mundo ocidental”. Também o mundo oriental, “tem diversas problemas”, enfatizou. As congregações religiosas devem estar “sempre atentas ao que se passa no mundo”. “Precisamos de um renovamento constante”, assume, mas o renovamento “nasce do espírito, que se manifesta na História”. O superior geral afirma que são os sinais dos tempos que devem ler e colher. O trabalho vocacional é outra preocupação. A Ordem, particularmente na Europa Ocidental, vive uma crise “há muitos anos”. “Devemos pensar numa reestruturação, nas suas diversas formas de presença”. O barulho e superficialidade não são obstáculos à vocação. O novo superior geral dá conta que as dificuldades de viver a espiritualidade sempre existiram. “Hoje as dificuldades são específicas”. O provincial português, Pe. Pedro Ferreira destaca a importância de Portugal acolher o Capítulo Geral dos Carmelitas. A casa foi preparada para receber, neste novo tempo de tecnologias, um encontro como este e o Capítulo Geral, tornou-se “acessível a todos através da Internet”. O encontro decorreu no «Domus Carmeli», é um espaço traçado para o projecto pastoral da oração. O Pe. Pedro Ferreira afirma que brevemente vão dar inicio a cursos de nível médio e superior para tudo o que se relaciona com a oração. Arquitectura para espaços orantes, artistas que trabalham nesta âmbito, também com os meios de comunicação social que “precisam saber como transmitir a oração e fazê-la chegar às pessoas” são apenas algumas possibilidades, numa formação aberta a portugueses e estrangeiros.

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