D. Rui Valério presidiu à celebração religiosa do Dia da Guarda Florestal, na Sé de Viseu
Viseu, 25 mai 2021 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança afirmou hoje que os incêndios têm sido “a grande ameaça à saúde pública” e à própria soberania nacional, falando no Dia da Guarda Florestal.
“Com a mesma facilidade com que aceito que se diga que a pandemia é um inimigo letal que é preciso combater, também atribuo aos incêndios idênticos qualificativos bélicos”, sublinhou D. Rui Valério, na Sé de Viseu, onde presidiu à Missa, esta manhã.
O responsável do Ordinariato Castrense referiu que é preciso considerar que “destruir a floresta e as paisagens portuguesas é destruir Portugal”.
“Tal inimigo faz estremecer a consciência coletiva do país porque se apresenta indomável na sua ferocidade e nos torna mais pobres e vulneráveis, transformando Portugal num país de muita terra queimada”, acrescentou, destacando que, hoje, “a proteção contra a ameaça dos incêndios é um ato patriótico”.
Numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA, D. Rui Valério assinalou que a Guarda Florestal constitui, “em território pátrio, uma autêntica Força Nacional Destacada”, cuja força de combate visa defender diretamente o território nacional.
“Quando a Guarda Florestal assume a responsabilidade de zelar pela defesa e proteção da floresta e do património cinegético e piscícola, de manter a lei e o controle, de fiscalizar o cumprimento da legislação florestal, da caça e da pesca, de investigar os ilícitos e de tomar parte na defesa da floresta contra incêndios, incluindo a investigação das suas causas, está a ser fator decisivo na missão de salvaguardar a casa comum, assegurando, ao mesmo tempo, a sobrevivência da vida no planeta Terra, incluindo a vida humana”, desenvolveu.
O bispo católico afirmou que a ação da Guarda Florestal é das “mais nobres, necessárias e urgentes” a serem incrementadas, “em benefício do ser humano e da sociedade”.
“A missão que, segundo o relato da criação, Deus conferiu ao homem e à mulher de cuidarem da criação está a ser desempenhada, antes de mais, pela Guarda Florestal”, observou.
‘Conversão ecológica, salvaguarda da casa comum’ é o tema deste Dia da Guarda Florestal, informou D. Rui Valério que alertou para a destruição das espécies e o “saquear os recursos naturais” pelo ser humano e também a exploração da miséria, o “abusar do trabalho das mulheres e das crianças”, deturpar as leis da célula familiar, “a deixar de respeitar o direito à vida humana desde a conceção até ao fim natural”.
CB/OC