Portugal: Presidente da República toma posse para segundo mandato, em programa que prevê celebração inter-religiosa

Marcelo Rebelo de Sousa anuncia visita ao Vaticano, à imagem do que aconteceu em 2016

Marcelo Rebelo de Sousa e D. José Ornelas na Missa de sufrágio pelas vítimas da pandemia em Portugal. 14.11.2020 Foto: Lusa

Lisboa, 09 mar 2021 (Ecclesia) – O presidente da República toma hoje posse para o seu segundo mandato, num programa que inclui uma celebração inter-religiosa, no Porto, com representação da Conferência Episcopal Portuguesa

A partir das 15h30, Marcelo Rebelo de Sousa participa numa cerimónia com representantes de várias confissões religiosas presentes em Portugal, no salão nobre da Câmara Municipal do Porto, visitando depois o Centro Cultural Islâmico local.

Além de uma oração, o encontro prevê a intervenção do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e bispo de Setúbal, D. José Ornelas, e do próprio presidente da República.

Em 2016, o chefe de Estado tinha realizado o mesmo gesto, na Mesquita de Lisboa, também no dia da posse.

No Centro Cultural Islâmico do Porto, Marcelo Rebelo de Sousa vai descerrar uma placa evocativa da visita e ouvir a recitação, em árabe, do capítulo de abertura do Corão, antes da sua intervenção.

O programa da tomada de posse começa esta manhã, na Assembleia da República, Mosteiro dos Jerónimos e Palácio Nacional de Belém.

Antes de chegar ao Parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas que as primeiras visitas de Estado do seu segundo mandato serão ao Vaticano e a Espanha, sendo o primeiro chefe de Estado a encontrar-se com o Papa Francisco depois da sua visita ao Iraque.

“Vou repetir aquilo que aconteceu há cinco anos, se a Assembleia da República autorizar”, referiu o presidente.

À imagem do que aconteceu em 2016, o chefe de Estado destacou que foi a Santa Sé a  primeira a reconhecer Portugal como Estado independente.

“Na altura em que nos separamos do que hoje a Espanha, foi decisivo o papel da Santa Sé. É isso que é histórico”, indicou.

A fundação de Portugal foi reconhecida pela Bula ‘Manifestis Probatum est’, documento do Papa Alexandre III, de 1179, que confirmava a independência e o título de rei a Afonso Henriques.

Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontrou com o Papa, no Vaticano, a 17 de março de 2016, após tomar posse para o primeiro mandato, sublinhou ainda a importância da recente viagem de Francisco ao Iraque.

“É uma área muito importante e dela depende uma das componentes da paz no mundo. É muito importante”, observou.

OC

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Agência ECCLESIA

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