Voo que levou Francisco ao Panamá sobrevoou território português, no Continente e nos Açores
Lisboa, 23 jan 2019 (Ecclesia) – O Papa enviou votos de “alegria e de paz” para Portugal, numa mensagem dirigida ao presidente da República, ao sobrevoar o território continental e a ilha de Santa Maria, nos Açores, rumo ao Panamá, onde chegou hoje para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2019.
“Apresento os melhores desejos e a garantia das minhas orações no momento em que a minha visita apostólica ao Panamá me leva a passar pelo espaço aéreo português. Confiando a nação ao cuidado do Deus Todo-poderoso e invoco, de coração, as bênçãos de alegria e de paz sobre o povo de Portugal”, refere o texto, divulgado pelo Vaticano.
Em resposta, o presidente da República “agradeceu, em nome do Povo português e no seu próprio, o gesto papal” e “sublinhou também que as XXXIV Jornadas Mundiais da Juventude, em que marcará presença, permitirão divulgar os valores da paz, da solidariedade e da justiça social, revestindo-se assim de um significado e alcance globais”, assinala uma nota da Presidência.
Marcelo Rebelo de Sousa disse esta terça-feira esperar ouvir no Panamá o anúncio de que as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, em 2022, se realizam em Lisboa.
“Aquilo que eu espero, não é só esperar, o que eu desejo é que no domingo seja possível ouvir da boca do Santo, do Papa Francisco, o anúncio de que as próximas jornadas, em 2022, possam vir a ser realizadas em Lisboa, em Portugal”, referiu.
O cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente, afirmou hoje no Panamá que o Patriarcado de Lisboa, com toda a conferência episcopal, apresentou uma candidatura para receber a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, e “agora” resta esperar “o que o Papa Francisco vai anunciar na Missa de encerramento da JMJ 2019.
O programa dos participantes portugueses inclui um encontro conjunto de toda a delegação, na manhã de 25 de janeiro, na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, sob a presidência do cardeal-patriarca.
O Panamá conta ainda com a presença de D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra; D. Manuel Felício, da Guarda; D. José Cordeiro, de Bragança-Miranda; D. Nuno Almeida, auxiliar de Braga; no país da América Central encontra-se já D. Joaquim Mendes, auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.
A organização da JMJ 2019 anunciou a participação de mais de 100 mil jovens, oriundos de 156 países nas atividades inaugurais do evento, número que deve aumentar no final da semana, em particular nos momentos conclusivos presididos pelo Papa.
Durante a semana decorre uma Feira da Juventude e Vocacional, que complementa as várias atividades da noite, entre elas o acolhimento ao Papa, na quinta-feira, e a tradicional vigília de oração, dois dias depois, no campo São João Paulo II.
A JMJ 2019 conclui-se a 27 de janeiro, com a Missa do envio e o encontro de Francisco com os voluntários.
O programa do Papa inclui um encontro com jovens presos no centro de menores “Las Garças” de Pacora, localidade situada a 46 km da Cidade do Panamá, na sexta-feira.
PR/OC
As JMJ nasceram por iniciativa de São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude; são um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos numa grande cidade: em 1987, Buenos Aires (Argentina); em 1989, Santiago de Compostela (Espanha); em 1991, Czestochowa (Polónia); em 1993 em Denver (EUA); em 1995, Manila (Filipinas); em 1997, Paris (França); em 2000, Roma (Itália); em 2002, Toronto (Canadá); em 2005, Colónia (Alemanha); em 2008, Sidney (Austrália); em 2011, Madrid (Espanha); Rio de Janeiro (Brasil), em 2013; e Cracóvia (Polónia), em 2016. As duas últimas edições internacionais foram presididas pelo Papa Francisco. |