Portugal: Organizações da sociedade civil reforçam apelo por «envio urgente de ajuda humanitária» para Cabo Delgado

Pedido dirige-se ao Governo português, à União Europeia e às Nações Unidas

Foto: Lusa

Lisboa, 05 mai 2021 (Ecclesia) – Mais de 30 organizações da sociedade civil portuguesa, entre elas várias instituições católicas, reforçaram hoje o seu apelo ao Governo português, à União Europeia e às Nações Unidas pelo “envio urgente de ajuda humanitária” para Cabo Delgado, em Moçambique.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os signatários pedem que se “mobilizem todos os esforços” para ajudar a população no norte do país lusófono.

Desde 2017, a população de Cabo Delgado “é vítima de violentos ataques”, que causaram mais de 700 mil deslocados internos, “numa catástrofe humanitária sem precedentes na região”.

As mais de 30 organizações têm em comum o “trabalho em defesa da paz e dos direitos humanos” através da ajuda humanitária e de emergência e da educação e cooperação para o desenvolvimento.

A petição procura que o drama humano vivido no norte e Moçambique se mantenha na agenda dos “decisores políticos e na consciência da sociedade civil”.

Os signatários um balanço “positivo” do apelo ‘Cabo Delgado não pode esperar’, que foi lançado há um mês nas redes sociais.

Neste contexto, adiantam que o grupo foi recebido em audiência na Assembleia da República, pela deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira, pelos Grupos Parlamentares do Bloco de Esquerda e Os Verdes, esperando agendamento do encontro com o PSD, que respondeu “positivamente ao convite”.

As mais de 30 organizações da sociedade civil portuguesa explicam que encontraram “disponibilidade” para ouvir falar sobre este tema e sensibilizar o Governo português.

Várias organizações, movimentos, fundações e congregações católicas fazem parte deste grupo de trabalho, onde também está presente a Conferência Episcopal Portuguesa, a Cáritas Portuguesa, a Comissão Nacional Justiça e Paz, o Centro Missionário Arquidiocesano de Braga, as fundações Ajuda à Igreja que Sofre, Fé e Cooperação e Gonçalo da Silveira, o JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados e a LOC – Liga Operária Católica.

Estão também presentes as províncias portuguesas da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, do Espírito Santo (Espiritanos), as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, os Padres Vicentinos e as Filhas da Caridade, a Companhia de Jesus (Jesuítas).

O trabalho deste grupo surgiu na sequência do manifesto público ‘Cabo Delgado: não nos conformamos com a violência’, publicado em janeiro deste ano, e da carta enviada ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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