Portugal: Médicos Católicos querem alargar presença a «todas as dioceses»

Presidente do organismo destaca empenho em «crescer» e difundir valores cristãos no setor da Saúde

Porto, 12 mai 2015 (Ecclesia) – A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP), a celebrar este ano um século de existência, está apostada em alargar horizontes no plano nacional e internacional, e em difundir cada vez mais os valores cristãos no setor da Saúde.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, no âmbito de um encontro nacional que o organismo dedicou à “Relação Médico-Doente”, Carlos Martins da Rocha salientou que “há uma aposta muito grande em crescer e em ter uma presença organizada em todas as dioceses”.

Segundo o presidente da AMCP, há cerca de um ano em funções, “só nos últimos meses, entraram na associação dezenas de novos sócios” e a atual direção tem estado também a avaliar a possibilidade de abrir novos núcleos um pouco por todo o país.

Atualmente, os Médicos Católicos integram centenas de profissionais de saúde e estão representados em 10 dioceses (metade das que existem em território nacional) e “nem todas estão ativas”.

O objetivo é chegar cada vez mais aos médicos jovens, e nesse sentido a AMCP vai promover a 28 de novembro, no Porto, “a primeira reunião nacional de médicos jovens católicos”.

No plano internacional, a AMCP vai acolher em 2016 “um congresso europeu da Federação Europeia das Associações de Médicos Católicos” que congrega 28 organismos no total.

Difundir cada vez mais os valores cristãos, no meio do setor da Saúde, é outra prioridade dos Médicos Católicos em Portugal, através da promoção de mais ações de “formação espiritual” e de “iniciativas que respondam a questões que preocupam os médicos”.

“Um tema que nunca foi abordado por nós, a questão do erro médico, de uma forma cristã, como lidar com isso, o que pode contribuir para o erro médico. Outro é a questão dos litígios, da litigância, que também é da responsabilidade dos médicos”, adianta Carlos Martins da Rocha.

O médico do Hospital de São João, no Porto, destaca ainda a vontade da AMCP em “encerrar as comemorações” do seu centenário com a realização de “concertos em todas as dioceses, no fim do ano”.

Criada em 1915 por iniciativa de D. António Barroso, na altura bispo do Porto, a AMCP é uma das mais antigas associações de médicos católicos existentes no mundo.

Está organizada em núcleos que respeitam a estrutura diocesana da Igreja Portuguesa, cada um com direção própria que carece de aprovação por parte do bispo respetivo.

No plano nacional, a direção é eleita de 3 em 3 anos e responde perante a Conferência Episcopal Portuguesa.

Entre as principais atribuições da AMCP está a promoção da discussão de temas suscitados pelo avanço científico e tecnológico da medicina, bem como das suas implicações na prática médica à luz da mundividência cristã, tanto a nível nacional como internacional.

Ao nível prático, no terreno, destaque por exemplo para a missão que desempenha na assistência médica no Santuário de Fátima, aos fins-de-semana e nos dias das maiores peregrinações, como está a acontecer agora durante as cerimónias de 12 e 13 de maio.

JCP

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