Portugal/Espanha: Especialistas refletiram sobre ministério do catequista e a «sua concretização nas Igrejas diocesanas»

«O Ministério do Catequista na Igreja Local», foi o tema do segundo Encontro de Catequetas Luso-Hispano

Lisboa, 19 jun 2023 (Ecclesia) – Os responsáveis pelo setor da Catequese da Igreja Católica na Península Ibérica analisaram “os desafios e as chaves de implementação” do novo Ministério do Catequista, nas dioceses de Portugal e Espanha, entre sábado e domingo, em Lisboa.

“Hoje o ministério do catequista coloca muitas questões. Passar de uma Igreja que se divide entre clérigos e não clérigos para uma Igreja que se entende a partir do batismo, uns com ministério ordenado, outros instituídos, outro ministério reconhecido. Que tipo de comunidade desejamos para que os ministérios sejam serviço do povo de Deus para o povo de Deus”, explicou o presidente da Comissão Arquidiocesana para a Educação Cristã de Braga, ao portal ‘Educris’, segundo informação enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Segundo o cónego Luís Miguel Figueiredo Rodrigues, ao instituir um ministério “pensado a partir do batismo” já não se está perante ministérios laicais, “mas batismais o que representa uma grande mudança”, porque é a partir do batismo que “cada cristão desempenha na Igreja a missão que lhe cabe”.

Sobre o encontro ibérico, o sacerdote da Arquidiocese de Braga adianta que, como catequetas, como teólogos, acreditam que a sua missão “é refletir e oferecer à Igreja o produto dessa reflexão” e estão a “procurar dotar as Igrejas locais de reflexão que possam ajudar à tomada de decisão de quem tem de decidir”.

‘O Ministério do Catequista na Igreja Local’ foi o tema do II Encontro de Catequetas Luso-Hispano, que contou com a participação de 19 especialistas de catequese, e quis “apresentar linhas de reflexão” para este novo ministério na Igreja Católica.

“O ministério do catequista é fundamental para enfrentar os novos caminhos. Sempre tivemos catequistas a trabalhar na evangelização, mas hoje passa a ter um lugar importante de trilhar novos caminhos para a pastoral”, assinalou o delegado da Catequese na Arquidiocese de Santiago de Compostela, em Espanha.

Segundo o padre Miguel López Varela, o novo ministério, “sendo muito antigo e rico”, exige que se defina “o perfil de catequista e as suas funções específicas no território diocesano”.

O padre Rui Alberto, da Salesianos Editora, indica que todos andam “um bocadinho à procura dos modos como implementar esta intuição”, em Portugal, em Espanha, e “por todo o mundo”, certo está a necessidade “de mais e melhor formação”.

“Temos de procurar aproveitar os recursos que existem para nos tornarmos mais capazes, melhores pessoas, mais maduros, mais adultos, com uma fé mais profunda. Depois é preciso adquirir as competências concretas para fazer catequese nos vários contextos”, desenvolveu o sacerdote Salesiano.

O padre Juan Carlos Carvajal Blanco, secretário-geral da Associação Espanhola de Catequetas, também afirma que o ministério do catequista “é um desafio para a própria Igreja”, e explica que o Papa Francisco “reivindica o papel do leigo, do batizado como discípulo missionário”, no processo de renovação que segue, “de uma conversão pastoral e missionária da Igreja”, lê-se também no sítio online Educris, da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

O Papa Francisco instituiu o ministério de catequista, na Igreja Católica, através da carta apostólica (Motu Proprio) ‘Antiquum ministerium’, publicada pelo Vaticano, a 11 de maio de 2021.

CB/OC

 

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