Regresso ao «berço» do movimento, a 27 e 28 de maio, inclui fórum sobre o futuro do CNE e monumento comemorativo dos 100 anos de fundação
Braga, 25 fev 2023 (Ecclesia) – O Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católico Português apresentou hoje em Braga o programa de comemorações do seu primeiro centenário, que vão decorrer a 27 e 28 de maio.
“O CNE resultou da vontade da Igreja que, atenta aos sinais dos tempos, vislumbrou no Escutismo uma pedagogia fecunda para a evangelização. Hoje, estou convencido que o modelo proposto não perdeu atualidade nem vitalidade”, disse, em conferência de imprensa, D. José Cordeiro, arcebispo de Braga.
O responsável assumiu o orgulho que a arquidiocese minhota sente por ser “berço desta presença em Portugal”: o Escutismo católico surgiu em Braga, em 1923, por iniciativa do arcebispo Manuel Vieira de Matos e de mons. Avelino Gonçalves, após o Congresso Eucarístico de Paris.
Para D. José Cordeiro, este primeiro centenário é um tempo de “memória agradecida”, que aponta ao futuro.
“É tempo de projetar o caminho que queremos seguir para o segundo centenário, que agora se inicia”, precisou.
O arcebispo primaz elogiou, neste contexto, o papel dos escuteiros na peregrinação dos símbolos da JMJ, que percorrem a Arquidiocese de Braga até 3 de março, com uma “participação ativa, consciente e contagiante”
A conferência de imprensa contou com a intervenção inaugural do chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas, Ivo Faria, para quem estas comemorações implicam um “regresso às origens para pensar o amanhã”.
O responsável adiantou que os dois dias de celebrações, com a presença estimada de 20 mil pessoas, apresentam aos participantes um “conjunto enorme de atividades”, com centenas de oficinas onde vão funcionar “jogos, dinâmicas”.
Além destas atividades, no sábado, um Fórum vai reunir cerca de mil escuteiros de todo o país, para discutir “o que poderá ser o CNE no seu segundo centenário”.
O programa inclui o “monumental fogo de conselho” na noite de sábado, após a Eucaristia comemorativa do centenário.
Ivo Faria falou do Escutismo como uma opção motivada pelo “amor”, que supera dificuldades e desafios.
“É esse amor que ajuda a explicar este caminho. O centenário não é uma data, é um caminho que se faz”, apontou.
Para o chefe nacional, este centenário é a celebração de todos os que honram a sua promessa escutista, diariamente.
“Há Escutismo porque há escuteiros”, declarou.
O CNE celebra 100 anos no dia 27 de maio de 2023.
“Junta-te à festa do centenário” foi o convite deixado no vídeo de apresentação da iniciativa, que visa “celebrar a força do escutismo católico” em Portugal, e as vidas “transformadas” nestes 100 anos de “boas ações”.
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, marcou presença na conferência de imprensa, assumindo o “privilégio histórico” que a autarquia sente por estar “intimamente associada” à fundação de um “enorme movimento” que se espalhou por todo o território nacional.
“O Escutismo faz muita falta à nossa sociedade”, declarou, saudando o seu trabalho na “formação humana e social” das novas gerações, com valores que ficam para a vida.
Braga vai inaugurar, no contexto deste centenário, um monumento ao Escutismo, como “reconhecimento da cidade ao trabalho dos escuteiros, no país e em todo o mundo”, que será instalado no Jardim dos Chorões.
O escutismo é um movimento mundial, fundado em 1907, em Inglaterra, por Baden Powell, com o intuito de proporcionar aos jovens uma formação global, de modo a serem cidadãos participativos e responsáveis nas suas comunidades.
O Corpo Nacional de Escutas foi fundado a 27 de maio de 1923, e é a maior associação de juventude em Portugal, com mais de 72 mil elementos, distribuídos por cerca de 1030 Agrupamentos em 20 regiões.
OC
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