Lisboa, 08 mar 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica faz-se próxima dos crentes e não crentes através de diversas propostas, seja na Educação Cristã, seja na divulgação de publicações, entre outros subsídios, áreas em há mulheres a liderar.
“Encaro esta grande responsabilidade no seio do Secretariado Nacional da Educação Cristã como um projeto muito aliciante de serviço à Igreja, à sociedade e às pessoas”, escreve a responsável pelo setor da Catequese do SNEC.
Cristina Sá Carvalho afirma que o projeto é “aliciante” pela complexidade multidisciplinar da catequese, “pela sua grande implementação em Portugal – a mais alargada da Europa”, pela longa tradição de qualificados catequetas e responsáveis nacionais e diocesanos que a precederam.
No artigo de opinião publicado no mais recente Semanário ECCLESIA, dedicado ao Dia Internacional da Mulher, a responsável explica que é preciso saber trabalhar com a hierarquia, “escutar o que diz mas também estar disponível para contribuir” com as «vozes das bases» e numa perspetiva de mulher, de esposa, de mãe, de leiga e de psicóloga educacional.
De Lisboa, onde está a sede do SNEC, para o Porto encontra-se Maria Isabel Azevedo de Oliveira como responsável pelo Secretariado Diocesano da Educação Cristã.
“Procuro em fidelidade a Deus e ao Magistério assumir a missão em corresponsabilidade e na escuta atenta dos irmãos”, escreveu para o Semanário ECCLESIA.
Segundo Maria Isabel Azevedo de Oliveira num tempo “líquido” esse exercício tem-se complexificado e “a exigir uma atitude dialógica entre a proposta da Igreja e a realidade”.
O artigo ‘Paixão pela educação’ começa a contextualizar os tempos fundadores do órgão dedicado à “Missão Profética da Igreja”: O Secretariado Diocesano da Educação Cristã no Porto foi criado por D. António Ferreira Gomes, em 1953, e as respetivas tarefas foram apresentadas pelo Diretório Geral da Catequese, em 1971.
A Paulinas Editora, das Filhas de São Paulo, está ao “serviço do Evangelho e da cultura atual” e tem como diretora em Portugal a irmã Eliete Duarte, uma “mulher de livros”.
“Sempre vivi com paixão este serviço que me fora solicitado e em que pus toda a minha criatividade e saber. Fiz-me ajudar por muitas pessoas e experimentei, em muitas ocasiões, o que significa fazer o que está ao nosso alcance e confiar no Senhor: o resto virá por acréscimo”, explica sobre um serviço que lhe foi pedido “quase” há 34 anos.
A irmã Eliete Duarte destaca que hoje a Paulinas Editora é reconhecida, no mercado nacional, como “editora de referência” e adianta que a sua equipa de religiosas e leigos têm-se “esforçado e dado o melhor” para continuar o projeto que os seus fundadores – beato Tiago Alberione e irmã Tecla Merlo – “começaram “no início do século passado”.
No contexto do Dia Internacional da Mulher, assinalado hoje, o mais recente Semanário ECCLESIA partilha testemunhos de mulheres com responsabilidades em instituições católicas em Portugal, a nível nacional e diocesano; o dossier é introduzido por duas intervenções do Papa Francisco.
CB