Portugal: Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade aponta «formação permanente» como maior desafio

D. José Cordeiro destaca impacto da pandemia sobre o setor

Foto: Diocese de Bragança-Miranda

Fátima, 13 jan 2021 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade (CELE) afirmou que o “desafio maior” deste setor e dos seus organismos é a “formação permanente”, com algumas iniciativas ainda afetadas por causa da pandemia.

“Tínhamos o grande acontecimento nacional, o encontro da pastoral litúrgica que em 2020 não se realizou. Em 2021 ainda estamos na expectativa e temos de encontrar outras formas de realizar esta formação tão necessária e urgente, para que se cultive sempre este espírito na centralidade do mesmo e único mistério de Cristo”, disse D. José Cordeiro à Agência ECCLESIA.

O bispo de Bragança-Miranda assinalou que a CELE – com o Secretariado Nacional de Liturgia, Serviço Nacional de Música Sacra e o Serviço Nacional dos Acólitos e em colaboração com as dioceses – “está empenhada em atualizar todas as indicações que a Santa Sé vai fazendo neste domínio”.

D. José Cordeiro indica ainda a continuação da colaboração com a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, “na tradução oficial da Bíblia” da Conferência Episcopal Portuguesa”, bem como noutros desafios, como “a reimpressão aumentada do Ritual das Exéquias” e iniciativas no campo da música litúrgica.

A partir do documento ‘Desafios pastorais da pandemia à Igreja em Portugal’, dos bispos católicos, D. José Cordeiro salientou também o desafio de “consciencializar ainda mais que celebrar é evangelizar, não é algo à parte, está tudo interligado” – a catequese, a liturgia, a caridade – e criar “ainda maior consciência destes dinamismos da oração da Igreja e, sobretudo, da Igreja em oração, neste rasgo maior da Igreja missão”.

“A liturgia é missão, a missão aponta para a liturgia porque é obediência ao mandato de Cristo. E só isto interligado pode fazer uma Igreja mais servidora da humanidade, mais capaz de ser credível e refletir a alegria do Evangelho”, assinalou o presidente da comissão.

D. José Cordeiro destacou a necessidade de readaptação à situação atual, “nunca perdendo o espírito, sabendo que é uma situação transitória embora esta travessia seja longa” e “não perdendo nunca a substância do rito, do símbolo e do dinamismo da própria celebração litúrgica”, como anunciou hoje a Congregação para o Culto Divino (Santa Sé) sobre a próxima celebração de Quarta-feira de Cinzas.

CB/OC

 

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