Portugal: Cáritas saúda instituição de Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais

«Se, como país e sociedade, não formos capazes de fazer frente a este flagelo, estaremos a comprometer as gerações atuais e futuras», adverte Eugénio Fonseca

Lisboa, 14 jun 2019 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa saudou a iniciativa da Assembleia da República de ter instituído o Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais, a ser celebrado no dia 17 de junho.

“Este deverá ser um dia que nos recorde também da responsabilidade individual no cuidado com o Bem Comum e, concretamente, com a Casa Comum que é para nós este planeta que habitamos”, escreve o presidente da Cáritas Portuguesa.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, Eugénio Fonseca refere que se o país não souber país “fazer frente a este flagelo” dos incêndios, de “uma forma global”, vai ~”comprometer as gerações atuais e futuras”.

O Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais tem como principais objetivos “evocar os homens, as mulheres e as crianças que perderam a vida em 2017”, mas, igualmente, “todos quantos, ao longo da nossa história, sucumbiram ao flagelo dos incêndios florestais em Portugal”, bem como lembrar que “uma tragédia” como a que se verificou há dois anos “não mais se poderá repetir”.

2017 foi considerado o ano mais trágico em Portugal em relação a incêndios, marcado por dois grandes fogos: Primeiro o incêndio florestal com origem em Pedrógão Grande (Distrito de Leiria, Diocese de Coimbra), a 17 de junho, que alastrou a vários territórios vizinhos e aos distritos vizinhos de Castelo Branco e Coimbra, provocou 66 mortos e 254 feridos; o prejuízo material foi calculado em mais de 500 milhões de euros; O segundo grande incêndio foi em outubro, nos distritos de Coimbra, Viseu, Aveiro e Guarda, e provocaram 49 mortos e perto de 70 feridos.

A organização da Igreja Católica em Portugal assinala que “não pode deixar de lembrar todos” os que depois desta tragédia também já foram vítimas de incêndios florestais e “aguardam ainda uma resposta” das instâncias oficiais para “superar o impacto causado”, nomeadamente, em Monchique, na Diocese do Algarve, em 2018.

A Cáritas Portuguesa informa que tem trabalhado na qualidade da sua intervenção e a equipa de coordenação nacional que vai agilizar o Plano Institucional de Resposta a Emergências e Catástrofes (PIREC) dá início à sua ação com uma reunião este sábado, 15 de junho, no Hotel de Santo Amaro, em Fátima.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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