Portugal: Caminhada pela Vida regressa à rua, com quem «não desiste» de lutar

Margarida Neto destaca que «toda a vida tem dignidade e toda a vida pede acolhimento»

Lisboa, 21 out 2021 (Ecclesia) – A médica Margarida Neto disse à Agência ECCLESIA que a Federação Portuguesa pela Vida (FPV) “não desiste” de lutar pela defesa de cada ser humano, promovendo uma nova edição da sua caminhada, este sábado.

“Há dez anos que caminhamos, não vamos desistir de exprimirmos este amor à vida” disse a membro da Direção da FPV.

Dez cidades portuguesas vão receber uma nova edição da ‘Caminhada pela Vida’, a partir das 14h30, em Aveiro, Coimbra, Évora e Lisboa; e, pelas 15h00, em Braga, Funchal, Guarda, Porto, Santarém e Viseu.

Os participantes vêm “à rua defender a vida em todas as circunstâncias, desde a conceção até à morte natural”, reforçou Margarida Neto, para quem os caminhantes sentem a “obrigação interior de caminhar e exprimir este amor à vida, mas também a alegria”.

“Toda a vida tem dignidade e toda a vida pede acolhimento”, acrescenta a entrevistada de hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

Diante de potenciais alterações legislativas, em matérias como a eutanásia, a FPV considera que “não há argumento nenhum que valide esta situação” e a “vida está de novo em perigo”.

A organização, um conjunto de associações, indica que a ‘Caminhada pela Vida’ é a expressão pública de “um povo que deseja testemunhar que toda a vida tem dignidade” e teve origem nas campanhas para os referendos sobre o aborto de 1998 e 2007, tendo sido retomada de modo anual a partir de 2012.

A FPV lembra também que foi da ‘Caminhada Pela Vida’ que nasceu a Iniciativa Europeia ‘One of Us’, a Iniciativa Legislativa de Cidadão ‘Pelo Direito a Nascer’ e a petição ‘Toda a Vida tem Dignidade’.

“O trabalho de terreno inspira a FPV” e a “caminhada é a expressão do trabalho diário”, acentua Margarida Neto.

Ao recordar a experiência da pandemia, a médica afirma que as pessoas se “confinaram para defender a vida” por sentirem essa necessidade.

“Naturalmente, de coração, as pessoas amam viver e querem proteger os mais frágeis”, prossegue.

A Federação Portuguesa pela Vida recebeu em 2021 o Prémio Dignitas Personae, pela “forma como defendem a dignidade da pessoa” numa “sociedade desagregada” e que “permite que cada um decida por si”, da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP).

HM/LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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