Portugal: Militares da GNR do 42º Curso de Guardas receberam sacramentos de iniciação cristã

«Por vocação já sóis pela lei e pela grei, hoje sois impelidos a reencontrar nesse mundo o lugar da vossa realização como Guardas, mas também como cristãos», afirmou D. Rui Valério

Portalegre, 09 out 2020 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal presidiu à celebração do Crisma de 26 crismandos e um catecúmeno da 2ª companhia do 42º Curso de Guardas da GNR (Guarda Nacional Republicana), esta quinta-feira, em Portalegre.

“O Espírito que hoje recebeis traz-vos uma nova prospetiva do vosso trabalho. Por vocação já sóis pela lei e pela grei, hoje sois impelidos a reencontrar nesse mundo o lugar da vossa realização como Guardas, mas também como cristãos”, disse D. Rui Valério na Missa no Centro de Formação de Portalegre da GNR.

Na nota enviada à Agência ECCLESIA, a Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança informa que foram 26 crismandos e um catecúmeno (para batismo) da 2ª companhia do 42º Curso de Guardas da GNR que fizeram uma caminhada de preparação sob a orientação do capelão desta unidade, o padre Marcelino Dias Marques.

O bispo do Ordinariato Castrense na sua homilia alerta que “hoje, o medo está a tomar conta das pessoas” e o aparecimento da pandemia “só veio reforçar a sociedade de «portas fechadas»” mas o Espírito Santo “vem escancarar este bloqueio do medo” que “transforma em confiança” e “é a arma que tudo vence”.

“Socialmente progride muito e velozmente o quanto tudo o que mais central é na vida das pessoas, mais «porta fechada» se torna. Estou a pensar em coisas como as incertezas do futuro, mas também a TV, a Internet, o Facebook…. são as novas casas onde as pessoas passam parte significativa do seu tempo, mas que, paradoxalmente, não as abre para novos horizontes, antes pelo contrário as aninha cada vez mais no reduto do seu individualismo”, desenvolveu.

“O Espírito mostra-nos que o mundo é o nosso campo de ação, o lugar do nosso trabalho. Não é para fugir dele com medo, mas é para fazer dele um campo para trabalhar”, salientou.

D. Rui Valério explicou que o Espírito Santo que o Crisma confere “inunda” a sua vida “com a graça do sopro divino” e como os apóstolos que, após a experiência do Cenáculo, “passaram a ser mobilizados pela força do Espírito Santo que tinha recebido em forma de sopro de vento e línguas de fogo”.

“Também vós hoje ficais habilitados para realizar a vida e desempenhar a vossa missão de Guardas na força do sentido de Deus, impelidos pelo seu sopro vital”, acrescentou.

Bispo do Ordinariato Castrense partilhou que “sempre” lhe fascinou a faceta do ser humano ter “um fundo de infinito enquanto as coisas materiais impõem um limite, as coisas do espírito – não”

“O mesmo princípio se aplica ainda a duas outras dimensões: À memória e à afetividade. Cada momento instante vivido está destinado a ser conservado na memória. Isso representa algo de «infinito». O mesmo em relação à abrangência do horizonte da afetividade traduzida em amizade, amor ou simplesmente compaixão”, desenvolveu D. Rui Valério.

A Eucaristia presidida pelo bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal realizou-se ao ar livre e contou com a presença do comandante da Escola da Guarda, major-general Domingos Pascoal, do comandante do Centro de Formação de Portalegre e outros militares da GNR.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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