«Fratelli Tutti»: Bispo de Viseu convida a assumir em cada dia «o risco do desafio de viver o amor fraterno»

D. António Luciano afirma que Papa Francisco todos são chamados a «caminhar na esperança» fraterna

Viseu 09 out 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu convida “todas as pessoas de boa vontade” a assumir em “cada dia o risco do desafio de viver o amor fraterno”, para o crescimento do “bem comum de todos”, numa reflexão sobre a encíclica ‘Fratelli Tutti’.

“Que a riqueza desta encíclica, em tempo de pandemia, nos ajude a sermos mais irmãos, mais Igreja, mais sociedade irmanado nos princípios da verdadeira fraternidade universal”, escreveu D. António Luciano na rubrica ‘Voz do Pastor’.

No artigo enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viseu afirma que a nova encíclica do Papa Francisco é para ler e meditar “com calma, para colocar ao serviço do próximo, da humanidade e das grandes causas sociais e do mundo”.

“Um texto inspirador para viver a dimensão humana, cristã e social à luz da inspiração do Evangelho e da verdadeira Doutrina Social da Igreja”, acrescenta.

D. António Luciano incentiva “todas as pessoas de boa vontade” a acolherem “tudo aquilo” que nova encíclica do Papa Francisco ‘“oferece em cada tema, em cada palavra, em cada desafio, em cada proposta” para tornarem o mundo melhor, “cuidando com compaixão de todos, particularmente dos pobres, migrantes, estrangeiros e deslocados”.

“O Papa propõe um novo paradigma global em alternativa ao individualismo”, destaca o bispo de Viseu, pedindo que estejam “atentos aos sinais dos tempos e à emergência de quem sofre” e saibam “acolher, interiorizar, viver, partilhar e testemunhar a riqueza” de ‘Fratelli Tutti’.

No novo documento, destaca o bispo de Viseu, o Papa refere-se ao “impacto da pandemia nos mais velhos”, “reforça” o papel das religiões em favor da “fraternidade humana” e a posição da doutrina católica sobre “a função social da propriedade” e propõe um “fundo mundial contra a fome, financiado por atuais despesas militares”, “rejeita” o “dogma de fé neoliberal” no mercado, refere-se ao “ressurgimento de populismos, racismo e discurso de ódio”, “apela” ao diálogo e ao “bom senso dos políticos, para que ponham termo às desigualdades e injustiças”.

“O Papa quer ajudar-nos a encontrar Deus na beleza de cada irmão e na criação, todos unidos”, explica D. António Luciano da encíclica sobre a fraternidade e amizade social, que é um “belíssimo texto”, com “simples palavras”, onde Francisco “explicou o essencial duma fraternidade aberta, que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas”.

O bispo de Viseu deseja que “não falte o pão e o trabalho a ninguém” e que todos sejam “construtores de um mundo renovado, em rede no amor e na paz” e convida a diocese a rezar e trabalhar para que o apelo do Papa Francisco “se torne verdadeiramente uma realidade e o acolhimento do seu ensinamento seja motivo de alegria”.

“Que todos de mãos dadas cuidemos uns dos outros, do nosso mundo fragilizado e sejamos verdadeiramente irmãos”, conclui na reflexão intitulada ‘Chamados a “Caminhar na Esperança” fraterna’.

A encíclica ‘Fratelli Tutti’ (Todos Irmãos) foi assinada pelo Papa Francisco junto ao túmulo de São Francisco de Assis no sábado, 3 de outubro, e publicado no dia seguinte, na festa litúrgica do santo italiano fundador da ordem religiosa Franciscana; Tem oito capítulos e termina com “duas belíssimas orações”: “Oração ao Criador” e a “Oração cristã ecuménica”.

CB/PR

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