D. José Ornelas presidiu ao funeral de Luís Rosindo, que morreu no último sábado
Palmela, 19 dez 2018 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal presidiu hoje em Palmela ao funeral do copiloto do helicóptero do INEM que se despenhou na tarde de sábado e manifestou a “grande dor” pelo seu falecimento e também o “grande orgulho” pela sua dedicação.
“Sentimos todos uma grande dor, mas também um grande orgulho e o desafio que nos deixa. Que o piloto Luís, voador e sonhador, hoje nos diga do melhor que tem a nossa sociedade e o nosso país, naqueles que abdicam e dão o seu tempo, o seu saber e as suas capacidades para que este mundo possa ser melhor”, disse D. José Ornelas.
Na tarde do último sábado, um helicóptero do INEM despenhou-se em Valongo, no distrito do Porto, quando regressava a Macedo de Cavaleiros após ter transportado para o Hospital de Santo António, no Porto, uma doente grave, provocando a morte dos quatro ocupantes da aeronave.
Na homilia da Missa do funeral do copiloto Luís Rosindo, publicada na página da internet da Diocese de Setúbal, D. José Ornelas disse que “o seu sonho sobrevive a ele próprio” e que “são pessoas assim que fazem um mundo melhor.
“Deus, certamente, é Aquele que o acolhe, não para pôr fim aos seus voos, mas para alargá-los a uma dimensão que, sozinho, nem ele nem nós podemos ter”, acrescentou.
“Vale a pena voar, vale a pena sonhar, vale a pena dedicar-se. Este mundo tem que ser dado aos que têm coragem, força e capacidade de sonhar um mundo melhor. Um mundo de solidariedade e um mundo onde se voa, para ir ao encontro de quem mais precisa”, sublinhou o bispo de Setúbal.
Luís Rosindo, de 31 anos, nasceu em Palmela, era piloto e apaixonado pelo ciclismo; esteve na Força Aérea Portuguesa entre 2006 e 2015, quando iniciou a licenciatura de desporto no Instituto Politécnico de Setúbal; em 2016 começou a colaborar com a empresa de transporte aéreo Babcock MCS.
PR
