Portugal: Bispo das Forças Armadas e de Segurança destacou «ação civilizacional e humanista» do Exército e da Igreja

D. Rui Valério assinalou «coincidência providencial» de celebrar Dia do Exército no Dia Mundial das Missões

Aveiro, 25 out 2021 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança de Portugal presidiu à Eucaristia do Dia do Exército, que se assinalou este domingo, destacando a “coincidência providencial” de celebrar a data no Dia Mundial das Missões da Igreja Católica.

“Olhando para a história da Igreja e das Forças Armadas, descobrimos que parte significativa da sua missão tem sido “chegar a todos” para que todos sejam incluídos na dinâmica da redenção”, disse D. Rui Valério, na Sé de Aveiro.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo do Ordinariato Castrense de Portugal assinalou que olhando para a história da Igreja e das Forças Armadas se descober que parte significativa da sua missão tem sido “chegar a todos” para que todos sejam “incluídos na dinâmica da redenção”.

“Paralelamente, também o Exército tem pautado a sua ação na senda da inclusão, sendo necessário, para isso, o gesto de se deslocar até às bermas. E tem sido aí, nas bermas, que se tem travado as batalhas decisivas pelos superiores valores do humanismo, pela salvaguarda da dignidade de cada ser humano, pela paz e justiça”, desenvolveu.

D. Rui Valério, ao recordar a “incontornável ação civilizacional e humanista” do Exército e da Igreja, “no desempenho do mandato evangélico outorgado por Jesus”, indicou que se observam “progressos” na educação, cuidados médicos, na assistência aos mais necessitados.

A partir do Evangelho deste domingo, o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança explicou que o cego Bartimeu estava a pedir esmola num “inóspito lugar à beira do caminho”, um “não-lugar”, onde estão, “simbolicamente, todos os que vivem nas periferias, os excluídos”, que existem em todas as sociedades.

Bartimeu não é uma personagem de ficção, ou morta no passado. Existe e é atual. Hoje o mundo é uma imensa estrada com gente a caminhar pelas faixas do sucesso, da realização de projetos e sonhos, a desfrutar da prosperidade, mas continuam a existir povos e países inteiros que permanecem em estado de paralisia, com crianças, jovens, adultos e idosos remetidos para as bermas”.

D. Rui Valério salientou que a Igreja é chamada a estes lugares, “com a sua ação missionária”, e tem sido nos subúrbios da humanidade que o Exército “tem estado presente e operante, a combater a guerra, a implementar a paz, a dar novos mundos ao mundo”.

Para celebrar, com “gratidão, num único e mesmo louvor”, o Dia do Exército português e o Dia Mundial das Missões, o bispo do Ordinariato Castrense recordou uma capela em Cabo Verde, “um lugar de esperança e de vida”, nos arredores de Mindelo, construída pelos soldados portugueses, onde para além da Missa e da catequese, também serviu de escola, de atendimento aos doentes e distribuíam alimentos.

O bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, concelebrou na Eucaristia do Dia do Exército Português, bem como capelães militares e na assembleia participaram “muitos militares, os últimos que regressaram das Forças Nacionais Destacadas”, o ministro da Defesa Nacional, o general-chefe do Estado-Maior do Exército, entre outros responsáveis militares e políticos.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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