Missa na igreja de Santa Cruz de Coimbra assinala Dia do Exército
Coimbra, 25 out 2020 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança assinalou hoje em Coimbra o Dia do Exército, com uma Eucaristia na igreja de Santa Cruz, onde destacou o papel dos militares na resposta à pandemia.
Na sua homilia, D. Rui Valério elogiou a instituição militar como “um baluarte seguro no combate à pandemia da Covid-19 ao mesmo tempo que está empenhado na garantia de cuidados de saúde, na disponibilização de espaços hospitalares, na assistência técnica, no acolhimento dos mais vulneráveis, na solidariedade para com os mais carenciados e no acudir aos mais frágeis”.
O responsável pelo Ordinariato Castrense assinalou que a pandemia trouxe ao país “amargura e incerteza”, mostrando a importância de respeitar os “alicerces da nação”.
O bispo das Forças Armadas e de Segurança considerou que o Exército Português faz parte da “base inexpugnável que sustenta a edificação de Portugal”, como “promotor autêntico da cidadania”.
A celebração contou com a presença do ministro da Defesa, do chefe de Estado Maior do Exército, e entidades militares, civis e religiosas.
A partir desta Igreja de Santa Cruz – que acolhe o túmulo de D. Afonso Henriques e onde São Teotónio foi prior, o primeiro português a subir às honras dos altares, mas também amigo, confessor e conselheiro do nosso primeiro rei – queremos prestar a nossa homenagem a quantos no Exército servem Portugal e os portugueses”.
D. Rui Valério afirmou que o Exército é hoje um fator “decisivo para a afirmação da portugalidade, enquanto identidade civilizacional assente na salvaguarda da dignidade humana e na vontade de rasgar horizontes”.
“Encontramo-lo presente em diversas regiões do mundo, na defesa intransigente da paz de inteiras populações, assegurando as condições mínimas para a afirmação da integridade humana”, acrescentou.
O responsável católico sublinhou o impacto positivo da presença portuguesa em missões internacionais de paz, citando uma conversa com o arcebispo de Bangui, o cardeal Dieudonné, na República Centro-Africana, segundo o qual, “graças à presença e à ação dos militares portugueses tinham sido criadas as condições para as crianças se aproximarem finalmente da escola”.
“Os nossos militares são realmente uma luz de esperança por esse mundo além. Amam e, por isso, servem”, indicou.
Durante a celebração é realizada uma homenagem a D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal e patrono do Exército, e aos militares que “tombaram no campo da honra”.
OC