D. Rui Valério presidiu à Missa comemorativa nos Jerónimos
Lisboa, 11 jul 2019 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense afirmou hoje que “esperança, memória e segurança” são três palavras que “recolhem a gloriosa história de 152 anos” da Polícia de Segurança Pública (PSP) em Portugal, na Eucaristia no Mosteiro dos Jerónimos.
“[PSP] Não só já deu cabais provas do caráter que a anima e da dedicação do seu desempenho e missão, como todos os dias o continua a fazer no terreno, no concreto da cidade e em prol dos cidadãos”, disse D. Rui Valério.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, proferida esta tarde, o bispo das Forças Armadas e de Segurança disse aos agentes da Polícia que “graças” ao seu “múnus e dedicação” vive-se numa sociedade “mais segura” onde é possível a realização “enquanto seres humanos”.
“Temos, portanto, fundadas razões para acreditar no futuro e deixar-nos mover pela esperança. É com base na segurança, que vós criais e construis e que brota do vosso desempenho, que é possível edificar cidades e territórios dinâmicos, ativos, abertos ao futuro, onde haja investimento e desenvolvimento”, desenvolveu.
Segundo D. Rui Valério “dizer PSP é falar de futuro e de esperança” e num dia de “memória e de agradecimento” pelos seus 152 anos “é Portugal quem agradece a todos” que “têm sido um dos pilares fundamentais do edifício da Nação”.
“Tendo em consideração que a sociedade atual apresenta preocupantes níveis de entropia, sobretudo por causa de um certo individualismo egoísta que mina a ordem social, a Polícia torna-se, com o seu carisma e ação, referência modelar, com vista a resgatar os cidadãos dos seus múltiplos e aflitivos problemas, reconstruindo as suas tantas vezes problemáticas existências”, desenvolveu.
“A obra de garantir a Segurança da cidade, própria da Polícia, reveste-se de elevada relevância e importância civilizacional e humanista.”
D. Rui Valério sublinha que Portugal “é hoje, reconhecidamente”, um país constituído por comunidades com “elevados padrões de segurança”, o que permite ser uma sociedade onde “nascem, florescem e são respeitados os mais altos valores éticos, não obstante o que ainda falta fazer”.
“A Polícia de Segurança Pública tem sido testemunha de uma segurança e ordem temperada pela misericórdia. É o que significa proteger a todos, tanto aos bons como aos maus, aos justos como aos injustos, às pessoas de bem e aos criminosos”, referiu, assinalando que nisso “reside a configuração aos novos padrões de vida inaugurados por Jesus” que a todos oferecia “a bênção da sua salvação”.
No dia de memória e de ação de graças pelo 152.º aniversário da Polícia de Segurança Pública, a Igreja celebra a Festa de São Bento e o bispo diocesano salienta que o santo patrono da Europa lança o repto «ora e trabalha» – que era o seu lema «ora et labora» – que é “um convite a cultivar na vida um equilíbrio entre momentos de reflexão, de silêncio, de paz e tempo dedicado ao trabalho”.
“Quem vive só para o trabalho, para o fazer, para o realizar, facilmente perde o sentido da vida. E quando se perde o sentido da vida, perde-se igualmente o sentido das ações concretas que todos os dias somos chamados a realizar”, alertou D. Rui Valério.
Os 152 anos de vida da Polícia de Segurança Pública em Portugal vão também ser comemorados com uma cerimónia pelas 10h30, desta sexta-feira, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos.
CB