Porto: Torre dos Clérigos vai ter obras

Protocolos de colaboração procuram valorizar monumento nacional que assinala 250 anos em 2013

Porto, 19 mar 2012 (Ecclesia) – A Irmandade da Torre dos Clérigos assinou hoje no Porto um protocolo de colaboração com duas entidades do Norte de Portugal tendo em vista as obras de requalificação da igreja deste monumento, que assinala 250 anos em 2013.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Américo Aguiar, juiz-presidente da Irmandade, sublinhou que a parceria com a Direção Regional de Cultura prevê que seja esta instituição a realizar os “projetos de arquitetura de intervenção nos Clérigos”.

O edifício é um monumento nacional desde 1910 e, em simultâneo, está inserido na zona classificada como Património da Humanidade, pelo que este organismo estatal pode “responder e obedecer a todas as limitações” relacionadas com estas classificações.

Por outro lado, o protocolo assinado prevê que a Direção Regional de Cultura do Norte assessorie na “candidatura do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) que está a ser realizada” e a mesma “possa ser feita rapidamente”, frisou o sacerdote.

O protocolo assinado com a Câmara Municipal do Porto isenta de “taxas e licenças da obra e da publicidade” a Irmandade dos Clérigos, ajuda que o padre Américo Aguiar qualifica como “fundamental”.

Em causa está um programa de ação de recuperação, requalificação, valorização e divulgação do monumento nacional.

Durante as obras, o edifício será revestido “com publicidade dos mecenas”, procurando fundos para uma intervenção que ronda os dois a três milhões de euros.

“A Igreja tem edifícios, mas não tem capacidade para os recuperar e salvaguardar”, acrescentou o também vigário geral da Diocese do Porto.

A Irmandade dos Clérigos está também a fomentar iniciativas que promovam este ex-líbris da cidade do Douro, sendo a próxima, a 10 de abril, com uma “visita de carrilhanistas da Bélgica que oferecem um concerto de carrilhão à cidade”.

Este edifício é uma obra projetada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni (1691-1773) e foi até ao século XVIII o edifício mais alto do país, com 75 metros.

LFS/OC

Notícia atualizada às 16h00

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