Porto: Seminário do Bom Pastor e entidades civis articulam acolhimento de cidadãos ucranianos

Ecónomo da diocese sublinha importância de receber refugiados de forma integrada

Foto: Lusa/EPA

Porto, 09 mar 2022 (Ecclesia) – O Seminário do Bom Pastor, na Diocese do Porto, aguarda a chegada de cidadãos ucranianos, para, em parceria com as entidades civis e governamentais, prestar a ajuda necessária a quem foge do conflito armado na Ucrânia.

“Fazer este caminho com as entidades locais é uma expressão para dar a melhor resposta concertada entre as diversas instituições diocesanas e concentrar a ajuda solidária de pessoas singulares para prover de forma eficaz o que for necessário”, disse hoje à Agência ECCLESIA o padre Samuel Guedes, ecónomo diocesano.

O espaço, anteriormente alocado para prestar cuidados de saúde aos pacientes com Covid-19 vai agora ser disponibilizado, essencialmente para “mulheres e crianças” que cheguem ao Porto.

A disponibilidade de “cerca de 70 camas” implica ainda o cuidado para tratar das pessoas.

“A Segurança Social se nos pede um espaço e se estabelece uma cooperação connosco, vai acautelar as áreas necessárias para ajudar quem chega, nomeadamente o emprego, a saúde, a escola, de forma a regulamentar a sua permanência em Portugal”, reconhece o sacerdote.

O ecónomo da Diocese do Porto realça que, neste momento, é impossível prever por quanto tempo será necessária a ajuda, manifestando a disponibilidade do Colégio de Ermesinde para “ajuda pedagógica que permita às crianças, que chegam, terem aulas de português e prosseguir os seus estudos”.

O funcionamento dos espaços vai ser assegurado pela Obra Diocesana de Promoção Social, IPSS e “o braço direito da ação social institucionalizado do bispo da diocese”, de mãos dadas com a Cáritas diocesana.

“Tudo está a ser feito ao pormenor, em diálogo, para poder ser bem feito”, sublinha.

A diocese indica que não irá buscar pessoas à Ucrânia ou aos países vizinhos e que essa viagem está a ser articulada “numa parceria estreita” com as entidades civis.

O responsável acredita “estar para breve” o acolhimento aos cidadãos ucranianos, após a assinatura da cooperação que, com a chegada dos cidadãos ucranianos, adequará aos espaços as respetivas pessoas.

“Eles têm todos os meios capazes para fazer essa seleção e fazer esse acolhimento de forma cuidada e segura. O seminário irá receber quem as entidades oficiais indicarem para lá. Estamos todos de mãos dadas para proporcionar o melhor para acolher bem quem vem e ajudar a encaminhar para o melhor local. Com as capacidades que os organismos governamentais têm, fazer mais e melhor”, completa.

LS

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Agência ECCLESIA

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