Porto, 07 nov 2016 (Ecclesia) – O bispo do Porto fez uma análise ao Jubileu da Misericórdia promovido pelo Papa Francisco, que vai terminar a 20 de novembro, e considerou esta iniciativa “uma lufada de nova missão” para a Igreja Católica.
“Todos precisávamos deste Jubileu e de quanto ele nos trouxe de bênção, de compaixão e de apelo a vidas transformadas pela misericórdia de Deus e realizadoras das obras de misericórdia”, considera D. António Francisco dos Santos.
Numa nota pastoral enviada hoje à Agência ECCLESIA, o responsável católico salienta o que “este jubileu” iniciado há um ano trouxe em termos da “valorização de uma urgente cultura do encontro, da proximidade e da misericórdia”.
Para D. António Francisco dos Santos, este Ano Santo “abriu à Igreja caminhos novos de uma pastoral próxima, atenta a todos e capaz de fazer chegar a cada pessoa esta certeza única de que Deus as ama como Pai, rico de misericórdia”.
O prelado destaca a relevância da iniciativa do Papa Francisco para um mundo em constante “procura de reconciliação” e que através das celebrações nas dioceses e da abertura das portas santas colocou à disposição das pessoas autênticos oásis “de perdão e de paz”.
“Este Jubileu incentivou-nos a sairmos ao encontro dos irmãos, renovados nas fontes da alegria. Acordou em todos nós e bem para lá de nós o desejo e o dever de praticar as obras de misericórdia, com alegria”, realça o bispo do Porto, que convida as comunidades a encherem a Sé diocesana para a conclusão do Ano Santo, no dia 20 de novembro, pelas 16h00.
Na mesma nota pastoral, D. António Francisco dos Santos refere-se também à Semana dos Seminários que está em curso e à preparação da caminhada para a festa do Natal.
Sobre este tempo especial de oração pelas vocações e por todos os seminários do país, o prelado incentiva toda a diocese “a fazer da Semana dos Seminários paradigma de todas as semanas naquilo que à pastoral vocacional se reporta”.
“Importa que interiorizemos e integremos com criatividade na nossa ação pastoral esta dinâmica de quem sai ao encontro das pessoas, das famílias e das comunidades; de quem cruza o olhar atento e sem pressa com tantos jovens que hoje preenchem os nossos grupos paroquiais e procuram horizontes de entrega”, pode ler-se.
Atualmente, a formação vocacional da Diocese do Porto integra também seminaristas das dioceses de Coimbra e Vila Real, integrados no Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição e na Faculdade de Teologia, no Porto.
“Nada se consegue sem oração confiante e perseverante; sem permanente e coerente testemunho dos cristãos, das famílias, dos movimentos apostólicos e das comunidades; sem o alegre e feliz exemplo de todos nós sacerdotes, diáconos e consagrados; sem a gratidão da Igreja no seu todo àqueles que trabalham na vanguarda da missão da pastoral vocacional e dos Seminários”, acrescenta o bispo do Porto.
Sobre a preparação do tempo de Natal, D. António Francisco dos Santos sublinha um acontecimento que “precisa de ser melhor conhecido e mais amado”.
A proposta de caminhada na diocese vai convidar a atentar na realidade de Maria e José que esperam “o nascimento de Jesus” e na imagem de uma árvore onde os seus elementos – raiz, tronco, ramos, flores, frutos – simbolizam os “sonhos que se embalam em cada família e crescem em cada comunidade”.
À disposição das famílias estará um itinerário de oração para realizar em grupo e em comunidade.
JCP