Porto: Diocese saúda proclamação de D. António Barroso como venerável

Papa reconheceu «virtudes heroicas» do bispo e missionário

Porto, 18 jun 2017 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, saudou o reconhecimento das “virtudes heroicas” de D. António Barroso, antigo bispo da diocese e missionário, que fica assim mais perto da beatificação.

“Com esta decisão do Papa Francisco, o processo de canonização de D. António Barroso recebe agora novo e determinante incentivo”, escreve o prelado, numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O Papa Francisco aprovou este sábado a publicação do decreto que reconhece as “Virtudes heroicas” de D. António José de Sousa Barroso (1854-1918), missionário e bispo do Porto de 1899 a 1918.

D. António Francisco dos Santos explica que, assim, a “Igreja reconhece deste modo oficialmente as Virtudes e o exemplo de vida de ministério e de missão de D. António Barroso”.

O novo venerável nasceu em Remelhe, Barcelos, a 5 de novembro de 1854; estudou no Seminário das Missões Ultramarinas, em Cernache do Bonjardim e foi ordenado sacerdote em 20 de setembro de 1879.

“Partiu no ano seguinte para Angola onde foi missionário desde 1880 a 1891. Nomeado neste ano Bispo-Prelado de Moçambique, aí permaneceu até 1897; nesse ano, obedecendo a novo mandato da Igreja, parte para o Oriente, como Bispo de Meliapor. A 21 de fevereiro de 1899 foi nomeado Bispo do Porto, tendo entrado na nossa Diocese em agosto desse mesmo ano”, recorda D. António Francisco dos Santos.

O bispo do Porto evoca esta figura da Igreja Católica como “um místico de olhos abertos para a realidade”.

“D. António Barroso soube conjugar sempre a bondade e a coragem, a simplicidade de vida e a ousadia missionária, a proximidade com os sacerdotes e com as comunidades cristãs e a voz profética junto da sociedade civil”, escreve.

O prelado destacou-se como missionário, ficando célebre pela forma como lutou contra a perseguição feita à Igreja Católica por Afonso Costa, na sequência da implantação da República Portuguesa.

“Devemos-lhe muito do que hoje somos no Porto”, refere o atual bispo da diocese.

A causa de canonização de D. António Barroso começou, por decreto de D. Júlio Tavares Rebimbas, a 31 de julho de 1992 e foi concluído na fase diocesana em março de 2015, decorrendo agora na Congregação da Causa dos Santos em Roma.

“O centenário da morte de D. António Barroso, que vemos celebrar no próximo ano, tem agora novo horizonte e acrescido significado”, conclui o bispo do Porto, que estende as suas felicitações à Sociedade Missionária da Boa Nova e às Igrejas de Braga, Angola, Moçambique, Meliapor e Aveiro, onde D. António Barroso foi sacerdote e bispo.

OC

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