«Km11» mobilizou jovens católicos do norte de Portugal numa iniciativa conjunta
Porto, 25 jul 2022 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou que a iniciativa ‘KM11’ representou “o tiro de partida” para a mobilização dos jovens rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, em Lisboa.
“É motivá-los a eles, motivá-los para o acolhimento, como eles vão chegar muitas outras pessoas de toda a Europa e de todo o mundo, alguns já sinalizaram a sua vontade de passar pelo Porto”, referiu D. Manuel Linda à Agência ECCLESIA.
As dioceses do norte de Portugal – Braga, Bragança-Miranda, Lamego, Porto, Viana do Castelo e Vila Real – promoveram a iniciativa ‘Km 11’, entre sábado e domingo.
A designação ‘Km11’ refere-se à cidade de Emaús, que fica a 11 quilómetros de Jerusalém, e ao encontro entre dois discípulos e Jesus ressuscitado.
“É também uma forma de dizer à sociedade que estamos aqui todos para rumar às Jornadas Mundiais da Juventude, uns fisicamente estando lá, outros mediante o acolhimento, mediante a divulgação, mediante uma colaboração que pode ser de muitas maneiras e em vários âmbitos”, desenvolveu.
Sobre esta iniciativa – que no Porto promoveu a descoberta do património -, o padre Jorge Nunes destacou que todos realizaram “um sonho”.
“Criar um logotipo humano da Jornada Mundial da Juventude [Lisboa 2023] ao pé da casa mãe de todos nós, que é a catedral do Porto”, precisou o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) para a JMJ.
Agora a alegria de termos encontrado Cristo, de termos redescoberto o rosto de Cristo no rosto destes jovens e a alegria que eles demonstram em estar a participar nesta atividade. Estamos em Emaús, prepararmo-nos para estar com Ele, e com Ele assim recriamos aquilo que é a alegria de ser cristão”.
Na Diocese de Vila Real, por exemplo, a iniciativa ‘Km11’ congregou os jovens numa tarde e noite de “convívio e comunhão, numa caminhada de fé e amor”, com vários momentos de união, confraternização e conhecimento entre grupos, com “música e animação” no Jardim Público da cidade de Chaves.
A partir do imaginário deste evento interdiocesano, o encontro dos dois discípulos de Emaús com Jesus, os jovens são convidados a fazer “encontrar-se com o ressuscitado e levar o anúncio que o Papa tem lançado a todos ‘Ele vive e quer-te vivo’”. “Apesar desta atividade ser uma preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude 2023, a perspetiva é que ela fique para depois da JMJ, e congregue os jovens da diocese de Vila Real, numa espécie de míni jornada, relembrando e revivendo a experiência que existirá nas JMJ2023”, desenvolve o COD de Vila Real, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA. |
Para a Ana Pinto, da Paróquia de Canelas (Vila Nova de Gaia) o ‘Km11’ foi “uma excelente experiência”, por causa da visita a “alguns espaços que marcam a fé e marcam as vivências de Gaia e do Porto”, para além de “um bom momento para conviver, conhecer outras pessoas”, por isso, “aproveitar cada pedacinho é sempre ótimo”.
“Ser cristão não é uma seca, há coisas espetaculares, e há coisas para aprender”, afirmou a jovem entrevistada, adiantando que “sem dúvida” quer estar na capital portuguesa para a JMJ 2023.
“Consegui reavivar a memória de que os dias nem sempre são fáceis como as caminhadas, e aquilo que estamos a fazer era uma viagem que outros também já fizeram e temos de os representar”, acrescentou Inês Moreira, de Arcozelo, também em Vila Nova de Gaia.
Pedro, Zé, Beatriz e Gonçalo são quatro jovens da Paróquia de Árvore (Trofa – Vila do Conde) para quem “o dia começou bem cedo”, a fazer o logotipo e depois a passear pelo Porto.
Do programa conjunto às seis dioceses destacou-se uma Vigília de Oração, com os bispos de cada uma destas Igrejas com os seus jovens, no sábado, e uma Missa no domingo.
HM/CB/OC
O padre Jorge Nunes contextualiza que o ‘KM11’ é “um sonho” que as dioceses do norte de Portugal estão a tentar realizar desde 2020, o ano seguinte ao anúncio da JMJ em Lisboa, e que foi possível realizar “de uma forma reduzida”, mas esperam que “ainda se concretize na sua plenitude”, em 2024, com os “frutos” da Jornada Mundial da Juventude na capital portuguesa.
Na Diocese do Porto, esta iniciativa, é também um “aquecer de motores” para a peregrinação dos dois símbolos da JMJ nesta Igreja, no próximo mês de outubro, um “momento tão importante e esperado”. “No dia 1 vão descer aquele rio que trespassa toda a diocese, desde o Marão ao mar, para podermos receber mais uma vez junto da casa mãe, junto da catedral do Porto”, acrescentou o coordenador do Comité Organizador Diocesano do Porto. Segundo o bispo D. Manuel Linda vão ter “um programa vasto, recheado, simpático”, para a peregrinação da cruz e do ícone de Maria, e vai ser a “mobilização definitiva” para a JMJ. |