Um ano depois da entrada na Diocese, bispo pede atenção permanente aos que mais sofrem
Porto, 09 abr 2015 (Ecclesia) – D. António Francisco Santos confessa que a cidade do Porto já lhe entrou “na alma”, tal como a aprendizagem que tem procurado fazer ao nível da geografia, história e pessoas da diocese.
Após completar um ano à frente da Diocese do Porto (5 de abril), o bispoconsidera que é “fundamental colocar a alma da cidade no coração de Deus” e “na vida da Igreja”, referiu à Agência ECCLESIA.
Depois de alguns anos na diocese vizinha de Aveiro, o prelado natural de Lamego realça que quer colocar a Igreja “em comunhão com o Papa Francisco” e a “viver esta primavera do tempo”.
“A alma da diocese tem esse espírito disponível para a renovação que a Igreja vive e realiza”, frisou o bispo do Porto.
A expressão «revolução da ternura» tem sido utilizada com frequência, parafraseando o Papa Francisco, pelo bispo do Porto porque o Papa argentino é uma “lição de vida” devido “ao sentido da proximidade com as pessoas”, afirmou.
“O sentido de atenção aos que mais sofrem e o valor da misericórdia e compaixão” são as linhas orientadoras do plano pastoral da diocese do Porto.
O mundo “precisa” desta atenção “permanente aos mais fragilizados”, disse D. António Francisco.
A ousadia missionária “esteve sempre em vigor” deste o início da Igreja até porque a Igreja “deve estar sempre em missão”, alertou.
A Igreja deve estar “em diálogo com o mundo” porque ela “foi enviada ao mundo”, sustentou o bispo do Porto.
Nesta abertura e diálogo com o mundo – alerta D. António Francisco Santos – a Igreja “deve ir ao encontro de todas as pessoas, independentemente da ideologia, crença ou situação profissional e familiar”.
“A Igreja tem de ser missionária, senão deixa de ser Igreja”, reforçou.
Depois do primeiro ano na Diocese do Porto, D. António Francisco Santos salienta já conhece “melhor os caminhos” deste território eclesial e “pretende ir ao encontro de todas as pessoas”.
Para o prelado, o primeiro ano nas terras do Douro foi de “preparação e aprendizagem” para depois seguir os objetivos traçados e “ir ao encontro do mundo”.
A Diocese do Porto tem de “iluminar os horizontes do sonho” e “acreditar que pode ser um território de gente feliz e que testemunha a sua fé”.
Ao falar da sua caminhada na diocese do Porto, D. António Francisco dos Santos realça que já teve episódios “marcados pelo peso da cruz e pela consciência da dor”, mas consegue superar isso através da “confiança em Deus”.
O bispo do Porto escolheu para lema episcopal «Nas tuas mãos Senhor» – mais tarde descobriu “que este também era o lema pastoral de D. Hélder Câmara” – e nesta simbologia aprende-se “a ser cireneu do sofrimento dos outros”, conclui.
LFS