D. Manuel Linda presidiu à Missa Crismal e sublinhou a “união em tempo de taquicardia”
Porto, 19 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. Manuel Linda, presidiu hoje à Missa Crismal, com o clero da diocese, e pediu um “coração sacerdotal” aos presentes para, unidos, enfrentarem os “trabalhos da missão”.
“É isto o que o bispo lhes deseja e pede: um coração sacerdotal, isto é, afável, misericordioso, compassivo; mas também um coração saudável, pois necessitamos de alegria, força e coragem para, unidos, enfrentarmos os trabalhos da missão”, disse D. Manuel Linda, na sua homilia, enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo do Porto começou por dizer que ansiava “estar com os seus padres”, nesta altura “histórica do coração, o tempo do coração”, “daquela taquicardia”, e pediu a entrega plena ao ministério.
“Que a nossa Diocese, no seu clero, – o seu âmago ou centro dos centros da sua vida-, se distinga por esta espécie de contradição, mas que é apenas complementar, tal como a alternância cardíaca entre a sístole e a diástole: um coração que se «queime» pelo seu povo, com generosa dedicação e alegre longanimidade, pois a satisfação que daí se tira é bem superior à fugaz ganância das benesses materiais; mas também um coração biologicamente saudável, que suporte e exprima a saúde física do sacerdote, até porque é previsível que, sendo menos, vamos ter de fazer mais”, afirmou.
D. Manuel Linda citou ainda figuras históricas para a Igreja do Porto, “constituímos aquela que poderíamos definir como “Diocese do coração” e, consequentemente, do amor”, tais como o rei D. Pedro IV, a Beata Maria Droste, o Venerável Padre Américo, o seu antecessor D. António Francisco dos Santos e o Venerável D. António Barroso.
Todos os anos na Solenidade do Coração de Jesus é celebrado o dia de oração pela santificação do clero e, em Portugal esta sexta-feira é marca pela celebração da Missa Crismal em mais de uma dezena de dioceses, depois do seu adiamento na data tradicional de Quinta-feira Santa, por causa da pandemia de Covid-19.
SN