D. Manuel Linda destacou «jejum eucarístico» vivido durante a pandemia
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Porto, 11 jun 2020 (Ecclesia) – O bispo do Porto presidiu hoje à Missa da solenidade do Corpo de Deus, na Catedral diocesana, este ano sem a tradicional procissão, destacando a resposta da Igreja Católica perante a crise sanitária e económica.
“É possível e urgente vencer essa epidemia da indiferença e que só a Eucaristia fortalece o organismo pessoal e eclesial e garante a imunidade contra o vírus de uma existência materialista, mediante as virtudes, tão cristãs, da fé, esperança e caridade, referiu D. Manuel Linda, numa homilia publicada no site diocesano.
A intervenção sublinhou que, neste tempo de crise, a Igreja Católica tem estado junto dos que mais sofrem.
“Aqui, o melhor é que sejam os outros a responder. Perguntem aos pobres e esfomeados, aos doentes e aos que estão de luto, aos velhos abandonados e a quantos beneficiam dos centros sociais paroquiais, aos jovens que buscam um sentido”, apontou.
D. Manuel Linda assinalou que a festa do Corpo de Deus é um momento especial para que a comunidade católica possa “demonstrar todo o seu apreço por este mistério de amor, fonte de santidade e de empenho social”, que é a Eucaristia.
O responsável católico recordou que, por causa da pandemia de Covid-19, os católicos viveram um “jejum eucarístico”, por causa da suspensão das celebrações comunitárias.
“Os cristãos de fé viva suportaram com muita dificuldade este tempo sem Eucaristia. Experimentaram a tristeza de não puder aproximar-se do Santíssimo Sacramento precisamente quando, sob o ponto de vista da fé e da psicologia, dele mais necessitavam”, apontou.
Viveram a melancolia de saberem que muitíssimas crianças o não receberiam na Primeira Comunhão, muitos doentes não o poderiam comungar com a regularidade de sempre, porventura, alguns moribundos terão regressado ao seio do Pai sem a companhia do Viático e que foram canceladas as tradicionais festas em que o centro é sempre a solene celebração da Eucaristia”.
O bispo do Porto assinalou que mesmo a solenidade do Corpo de Deus foi vivida este ano sem as “majestosas procissões” e os “artísticos tapetes de flores” que são tradição em vários locais.
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A homilia recordou que todos os católicos têm uma missão: “Que, por nosso intermédio, o pão do corpo nunca falte em nenhuma mesa e a Palavra da Fé e da Esperança chegue, com igual urgência, aos acabrunhados e sem horizontes”.
Após a Missa presidida por D. Manuel Linda, decorre um momento de oração, com exposição do Santíssimo Sacramento, para adoração dos fiéis, seguida da bênção final.
OC