Donativos das comunidades católicas vão reforçar resposta solidária da Cáritas Diocesana e do Fundo Social
Porto, 14 fev 2021 (Ecclesia) – O bispo do Porto escreveu uma mensagem de Quaresma para a diocese, falando numa preparação “absolutamente estranha” para a próxima Páscoa, por causa da pandemia.
“Pelo segundo ano consecutivo, celebraremos o ponto mais alto do ano litúrgico de forma absolutamente estranha. E isso faz-nos sofrer. Mas pensemos nas inúmeras vezes que tal terá acontecido ao longo da história, devido às guerras, perseguições e calamidades naturais como esta da Covid-19”, referiu D. Manuel Linda, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O responsável católico espera que, após este momento de crise, surja um “tempo novo, mais solidário e mais verdadeiramente familiar”.
Perante a necessidade de confinamento, o bispo do Porto convida a viver a Quaresma em contexto de família, “verdadeira e insubstituível ‘Igreja doméstica’”.
A mensagem indica a Cáritas do Porto e o Fundo Social como destino do contributo penitencial ou a renúncia quaresmal, com que cada católico se associa, através dos seus donativos, a uma causa solidária estabelecida em cada diocese.
“A Cáritas, habitualmente designada como ‘mão caridosa do bispo’, está presente em toda a Diocese quer incentivando a prática do amor fraterno, quer minimizado os sofrimentos pela dádiva de géneros alimentícios e de roupas, materiais ortopédicos e para doentes acamados, apoio médico e de enfermagem, etc. Faz uma obra tão notável como escondida”, precisa D. Manuel Linda.
O responsável explica que o Fundo Social da diocese, por sua vez, se destina a “socorrer situações de emergência que, infelizmente, sempre surgem em Portugal e no estrangeiro”.
“Que nenhuma Paróquia e nenhum cristão deixe de partilhar o pouco ou o muito que Deus lhe vai dando”, apela.
O bispo do Porto adianta que ele próprio e os seus auxiliares vão orientar “pequenas reflexões” ao longo de toda a Quaresma, pelas 21h30 de cada sexta-feira, com transmissão online.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas (17 de fevereiro, em 2021), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 4 de abril.
OC