D. Manuel Linda considera instituições «elementos muito importantes para o dinamismo religioso e evangelizador da Diocese do Porto»
Porto, 18 out 2023 (Ecclesia) – O Centro Pastoral de Alfena, em Valongo, recebeu este domingo o I Encontro de Irmandades e Confrarias da Diocese do Porto, que contou com a presença do bispo local, que incitou ao rejuvenescimento e inovação das associações.
D. Manuel Linda realçou a importância do “rejuvenescimento quer dos Estatutos e dinâmicas das Confrarias e Irmandades, quer pelos confrades e irmãos que as constituem” e da inovação, “já que hoje não podem continuar, sem mais, com os mesmos métodos e procedimentos do passado”.
Para o responsável católico, estas instituições são “elementos muito importantes para o dinamismo religioso e evangelizador da Diocese do Porto”, tendo este encontro propiciado a oportunidade dos participantes se conhecerem, formarem-se e incentivarem-se a prosseguir o “caminho belo da participação e responsabilização de algo que está muito no âmago da vida religiosa” da população.
Para além do rejuvenescimento e inovação, o bispo diocesano assentou o encontro em mais duas palavras: júbilo e agradecimento.
“Júbilo, pois, a julgar pelo número dos participantes, estas associações públicas de fiéis estão vivas e, em alguns casos, dinâmicas; agradecimento pela coragem em dar-lhes corpo e pela dedicação à Igreja que isso supõe”, reconheceu.
Já durante a homilia na Missa de encerramento do encontro, que decorreu na igreja de Alfena, D. Manuel Linda serviu-se do tema banquete para deixar algumas palavras.
“Hoje, a Igreja é este banquete enorme de quantos aceitam, de coração amigo e agradecido, a amizade do Dono da Casa, que a todos convida, e dos que sabem fazer fraternidade e convivialidade à volta da mesa. Mas para que as iguarias cheguem a todos, é preciso que um conjunto de colaboradores circule por todos os lados, levando a comida e a bebida saborosas que gera a alegria e a fraternidade entre os comensais. Ora, esses servidores, em grande parte, também são vocês”, declarou.
No evento, teve lugar também uma conferência que abordou “A importância das Confrarias e das Irmandades na Pastoral”, que foi conduzida pelo padre Vítor Ramos, de Rio Tinto, que aprofundou o tema no âmbito dos seus estudos de direito canónico, na Universidade Pontifícia de Salamanca.
Segundo o sacerdote, citado pelo jornal diocesano ‘Voz Portucalense’, as Confrarias e Irmandades vivem na atualidade “uma fase de crise e de decadência” e de “envelhecimento dos seus membros”, passando em algumas situações por um “certo abandono por parte da hierarquia da Igreja”.
LJ/OC
