“Um digníssimo guardião dos valores e da identidade cultural” da localidade, salienta o presidente da câmara
Portalegre, 10 out 2022 (Ecclesia) – O padre Adelino Lourenço está há 50 anos na Paróquia de Idanha-a-Nova (Diocese de Portalegre-Castelo Branco) e foi homenageado com a “chave de ouro” daquela vila e o lançamento da sua biografia, escrita pelo jornalista José António Santos.
O padre Adelino Lourenço recebeu, a 08 de outubro, a chave de ouro da vila de Idanha-a-Nova, cuja entrega “aconteceu no Santuário de Nossa Senhora do Almortão”, onde celebrou missa no dia em que passaram 50 anos da sua chegada à paróquia idanhense, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
O presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, justificou a atribuição da distinção ao padre Adelino Lourenço afirmando que ele tem sido “um digníssimo guardião dos valores e da identidade cultural” e que embora não tendo nascido no concelho (é natural de Escalos de Baixo, em Castelo Branco) “é de Idanha quem gosta da Idanha e tem o coração em Idanha”, refere o jornal «Reconquista».
“Só posso dizer uma palavra simples, que é nossa e pela qual somos conhecidos em qualquer parte do mundo: Bem-hajam”, afirmou o homenageado, que durante a manhã viu ainda ser inaugurada uma placa com uma representação do seu perfil e em que é expresso o reconhecimento “ao sacerdote dotado de uma contagiante devoção a Nossa Senhora do Almurtão”, que fica colocada no alpendre da capela.
João Dionísio, o presidente da comissão organizadora da homenagem, sublinhou a paixão do pároco pela Senhora do Almortão e também pelos idanhenses.
Antes da homenagem, durante a eucaristia, o padre Adelino Américo Lourenço disse perante os fiéis que “vós ensinaste este padre a ser devoto de Nossa Senhora” e agradeceu à Senhora do Almortão “pelos irmãos que me deste e a quem tive a honra de servir nestes 50 anos”.
Na homenagem ao sacerdote foi também lançada a obra «Padre Adelino Américo Loureço, uma biografia» de José António Santos e com a chancela da editora «Paulinas».
No epílogo da obra, o biógrafo refere que “reproduz a história de um pároco de aldeia na dimensão intrínseca, positiva e mais nobre e de alguém com a sabedoria de discernir entre o conveniente e o inconveniente, o urgente e aquilo que pode esperar, tendo sempre no horizonte o serviço em ordem ao bem comum e dignidade do povo que lhe está confiado”.
Como padre, em 60 anos, na diocese de Portalegre – Castelo Branco, o sacerdote homenageado viu passar quatro bispos: D. Agostinho Joaquim Lopes de Moura (1952-1978); D. Augusto César Alves Ferreira da Silva (1978-2004); D. José Francisco Sanches Alves (2004-2008); e D. Antonino Eugénio Fernandes Dias (2008-.
Como cristão respirou a contemporaneidade de sete papas: Pio XII (1939-1958); João XXIII (1958-1963); Paulo VI (1963-1978); João Paulo I (1978); João Paulo II (1978-2005); Bento XVI (2005-2013); e Francisco (2013-).
A vida do padre Adelino Lourenço, como as páginas registam, foi “sempre orientada em percurso de linear coerência e liberdade, subordinado à sua consciência”, lê-se na obra.
“Corajoso, mergulhou na humanidade de Idanha-a-Nova, como ninguém, compreendeu a alma do povo e, em nome do Evangelho de Jesus Cristo, resgatou a população de opróbrios a que a haviam sujeitado”, acrescenta.
LFS